Pragas e Doenças

Controle do Milho Tiguera: Uma Estratégia para Aumentar a Produtividade e Combater Enfezamentos

O Manejo Adequado de Herbicidas e a Eliminação do Milho Voluntário São Cruciais para a Saúde das Culturas


Publicado em: 12/11/2024 às 15:00hs

Controle do Milho Tiguera: Uma Estratégia para Aumentar a Produtividade e Combater Enfezamentos

A gestão do milho tiguera, conhecido também como guaxo ou milho voluntário, representa um dos principais desafios para os agricultores que praticam o sistema de produção de soja no verão e milho na safrinha. O controle eficaz dessas plantas durante o desenvolvimento da soja é essencial para evitar a matocompetição e a multiplicação da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), um inseto vetor que pode causar sérios prejuízos às lavouras.

Quando o milho tiguera não é controlado, ele se torna um hospedeiro ideal para a reprodução da cigarrinha. Como resultado, ao se iniciar a nova safra de milho, o produtor pode encontrar uma população elevada desse inseto em sua lavoura, que é responsável pela transmissão do complexo dos enfezamentos. Essa doença, causada por molicutes, compromete gravemente o desenvolvimento, a nutrição e a fisiologia das plantas infectadas, podendo resultar em perdas de até 100% na produção.

Josemar Foresti, Engenheiro Agrônomo e cientista da Corteva Agriscience, ressalta a importância do controle do milho tiguera: “O produtor deve prestar atenção especial ao manejo do milho tiguera em campos de soja, a fim de evitar a presença da cigarrinha-do-milho quando chegar o momento do plantio da safrinha. A aplicação de herbicidas nas primeiras emergências é crucial, pois facilita o controle e reduz as fontes de alimento disponíveis para a multiplicação da praga.” Ele destaca ainda que, para quebrar o ciclo da cigarrinha, é fundamental manter a ausência de milho na fase vegetativa por pelo menos três meses.

Foresti enfatiza que, ao realizar o manejo com herbicidas, é imprescindível seguir as Boas Práticas Agrícolas, respeitando as recomendações de bula e rótulo, além das diretrizes de aplicação, a fim de garantir um controle eficaz e sustentável. Além do manejo do milho tiguera, outras recomendações para minimizar o problema do complexo dos enfezamentos incluem a escolha de híbridos com tolerância natural, o tratamento de sementes industrial (TSI) para proteção inicial contra insetos vetores, a redução da janela de plantio e o monitoramento frequente da área.

“É essencial quebrar a chamada ‘ponte verde’, mantendo um período mínimo de 90 dias sem a presença de milho tiguera antes do plantio da safrinha. Isso ajuda a interromper o ciclo da cigarrinha-do-milho e a diminuir a fonte de patógenos que causam o complexo dos enfezamentos nas culturas subsequentes”, conclui Foresti.

Boas Práticas Agrícolas: Essenciais para um Manejo Sustentável

Um manejo adequado com herbicidas e defensivos agrícolas é vital para a saúde das lavouras. Os produtores devem seguir rigorosamente as orientações contidas nas bulas e rótulos, sendo aconselhados por engenheiros agrônomos. A Corteva Agriscience investe na capacitação de agricultores e aplicadores por meio de sua área de Boas Práticas Agrícolas, promovendo programas como a “Expedição da Agricultura para a Vida”, que oferece treinamentos sobre manejo integrado de pragas, doenças e segurança do trabalhador.

Desde 2006, o Programa de Aplicação Responsável (PAR) já capacitou milhares de profissionais em 17 estados e no Distrito Federal, enfatizando condições adequadas para a aplicação de defensivos e a importância da sustentabilidade no agronegócio.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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