Publicado em: 17/04/2012 às 18:10hs
O bioinseticida apresenta alta eficiência para o controle da lagarta-do-cartucho, agindo especificamente contra a praga e não matando outras espécies que se encontram na natureza.
A Embrapa Milho e Sorgo trabalha com o baculovírus há mais de 20 anos e já possui o bioinseticida em pó produzido a partir do vírus. O produto pode ser oferecido em escala comercial para ser utilizado por qualquer agricultor, tanto em aplicações com trator como com pulverizador costal.
A principal consequência do uso do controle biológico com o baculovírus é a grande redução no uso de inseticidas químicos. O bioinseticida contamina a lagarta por via oral, quando ela ingere as folhas da planta, provocando sua morte em até oito dias. "É um dos métodos mais seguros tanto para o homem quanto para a natureza, já que reduz drasticamente o uso de inseticidas químicos", afirma o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Fernando Hercos Valicente.
O baculovírus é inoculado em lagartas sadias em recipientes plásticos. Depois da morte das lagartas - o que ocorre em média cinco dias após a infecção - elas são congeladas, trituradas e coadas. Após a secagem, o material é moído e são estabelecidas as doses, em solução adequada. O bioinseticida está pronto para ser aplicado lavouras.
O bioinseticida traz importantes benefícios ambientais, pois evita a contaminação provocada por aplicação de inseticidas químicos, já que o baculovírus preserva nas lavouras os insetos que são inimigos naturais de diversas pragas, favorecendo o controle biológico. É um dos métodos mais seguros, tanto para o homem quanto para a natureza.
A tecnologia pode ser utilizada por qualquer agricultor, com ênfase nas propriedades que utilizam sistemas orgânicos de produção, evitando, assim, a contaminação do trabalhador no momento de aplicação dos inseticidas químicos e de rios e nascentes. O bioinseticida traz também benefícios econômicos, pois é uma forma importante de controle da lagarta do cartucho, principal praga do milho, que pode causar sérios prejuízos, com redução na produtividade da lavoura de até 34%.
Saiba mais sobre este assunto ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Fonte: Embrapa Milho e Sorgo
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