Acontece em Macapá, desde terça-feira, 20, e encerra nesta sexta-feira, 23, uma reunião para conclusão do Projeto Semente do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) com representantes da Guiana e do Suriname, visando o combate e a erradicação da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), praga que é a principal barreira fitossanitária da exportação das frutas brasileiras para qualquer lugar do mundo.
 
O evento segue durante todo o dia de amanhã no auditório da Escola de Administração Pública (EAP), sob a coordenação do IICA, juntamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tendo o apoio da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Amapá (SFA/AP), do Governo do Estado do Amapá (GEA), por meio da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
 
O encontro é uma sequência de duas reuniões do Projeto Semente do IICA, que ocorreram este ano, uma em fevereiro em Macapá e outra no mês de julho, em Brasília, resultando na elaboração de uma matriz para a formação de um Programa Regional, concluído e apresentado nesta terceira reunião para que o IICA que apoia o governo federal no controle dessa praga sensibilize os países como o Suriname e a Guiana para um trabalho em conjunto com o Brasil no controle da mosca-da-carambola nas regiões de fronteira, e caso a Guiana Francesa aceite também este país.
 
De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola do Mapa, Maria Júlia Signoretti Godoy, é necessário esse trabalho regional com os países vizinhos, devido ao perigo da mosca ultrapassar as barreiras do Norte do país, passando a ser um problema continental. "Controlar e erradicar a praga é uma das principais prioridades do Brasil", pontua Godoy.
 
Mosca-da-Carambola

Atualmente, a praga está presente, porém, sob controle oficial nos estados de Roraima e Amapá, que fazem fronteira com a Guiana e Guiana Francesa. A mosca é originária da Malásia e Indonésia e foi encontrada no Suriname em 1985. Chegou à Guiana Francesa em 1989 e, em 1996, surgiu o primeiro foco no Brasil, no município de Oiapoque, no Amapá, e em 2007 a praga apareceu na fronteira do Amapá com o Pará, mas foi erradicada em 2008.