Pragas e Doenças

COCAMAR: Encontro alerta para o avanço do greening

Cerca de metade dos pomares de laranja da Flórida, nos Estados Unidos, está contaminada por greening, a pior doença da citricultura. E, considerando a velocidade com que vem ocorrendo a infestação, a expectativa é que em poucos anos todas as árvores estejam afetadas naquele estado


Publicado em: 24/09/2012 às 09:30hs

COCAMAR: Encontro alerta para o avanço do greening

Impacto - A informação impactante foi dada por Jim Graham, especialista da principal universidade da Flórida, durante o 6º Encontro de Cooperados de Citrus da Cocamar, promovido quarta-feira (19/09) em Paranavaí e quinta em Londrina. Segundo ele, não há levantamentos precisos sobre o percentual de contaminação dos pomares e a estimativa é feita com base na perda de produtividade de plantas ainda na fase inicial da doença.

Plantas resistentes
- O problema, afirma Jim, é que nos próximos 10 anos, no mínimo, não há perspectiva de se desenvolver plantas resistentes, tecnologia que seria um caminho para vencer o greening. Outra pesquisa em andamento, segundo ele, está focada na quebra do ciclo de vida do psilídeo, o inseto transmissor da bactéria causadora da enfermidade.

Paraná - Com 32 mil hectares de citros, sendo 23 mil com laranja e uma produção estimada de 13,5 milhões de caixas de 40,8 quilos na safra 2011/12, o Paraná vem mantendo o greening sob controle graças a um rigoroso sistema de manejo adotado, segundo ressaltou o engenheiro agrônomo José Croce Filho, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Cerca de 90% dos produtores paranaenses estão fazendo a vistoria e entregando os laudos, disse.

Percentual - Enquanto 50% dos pomares estão contaminados na Flórida e a infestação em São Paulo chega a 3,5%, no Paraná o percentual é de apenas entre 1% a 1,5% das plantas, ficando em 1% na região de Paranavaí e 2,5% no norte do Estado. A média entre os cooperados da Cocamar é de 0,5%. “Estamos numa situação melhor, mas temos que intensificar o controle”, sublinhou.

Crescimento - O que preocupa, segundo Croce, é que esses percentuais vêm crescendo. “Há citricultores conscientes que cuidam, mas muitos estão relaxando e isso tem feito a média subir”, disse ele em tom de alerta, deixando claro que a pesquisa, o governo, a Cocamar e outras instituições têm feito o seu papel, mas os principais cuidados em relação ao greening dependem dos produtores.   Após ser identificado oficialmente em 2007, o greening chegou a 23 municípios em 2008, 69 municípios em 2011 e 76 em 2012.

Concurso – A exemplo do que fez em Paranavaí, foram divulgados em Londrina os vencedores locais do Concurso de Produtividade promovido pela cooperativa. Na categoria maiores de 40,1 hectares, todos os classificados são de Rolândia, e o primeiro colocado foi Klaus Maria Ranke, com 1.071 caixas/hectare, seguido de Klaus Kaphan, com 1.052; em terceiro, Miguel Antonio Grassano Abrão, 958 caixas/hectare.

Outros destaques
- Com pomares entre 15,1 e 40 hectares, Tercílio Aparecido Chichetti, de Jaguapitã, ficou em primeiro, apresentando média de 1.521 caixas/hectare, à frente de Valdenir Chiquetti, também de Jaguapitã, com 1.362, e Nélson Bordignon, de Arapongas, 1.241. Finalmente, entre os concorrentes com área de até 15 hectares, os finalistas também são todos de Rolândia: Tadeu Valdonir Romagnolo, que registrou média de 1.797 caixas por hectare, Rodolfo Yorinori, com 1.619, e Maria Cleide A. N. Manjavack, 1.305.   Tadeu Romagnolo é o campeão geral do concurso quando incluídos também os finalistas de Paranavaí.

Fonte: Imprensa Cocamar

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