Publicado em: 20/07/2016 às 17:45hs
No Brasil o volume é de aproximadamente US$ 360 milhões. Mato Grosso é responsável por cerca de 65% da produção nacional de pluma de algodão. Controle da praga deve ser realizado o ano todo.
Presente nas lavouras de algodão há mais de 20 anos o bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis) é a mais nova ameaça da cotonicultura em Mato Grosso. De acordo com a Associação Mato-grossense dos Produtores de algodão (Ampa) e o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), o besouro está presente hoje em todas as regiões produtoras do Estado.
A colheita de algodão em Mato Grosso ocorre há poucas semanas e a previsão é que sejam colhidas 2,288 milhões de toneladas de algodão em caroço. O volume é em torno de 68% das 3,475 milhões de toneladas previstas para o Brasil. Somente em pluma de algodão no país são esperadas 1,389 milhões de toneladas, das quais 915,3 mil provenientes de Mato Grosso.
Levantamento recente feito pelo IMAmt estima que com perdas e gasto com o controle do bicudo do algodoeiro são levados do produtor brasileiro cerca de US$ 360 milhões, sendo US$ 270 milhões aproximadamente provenientes de Mato Grosso.
“O bicudo é uma praga diferenciada das outras. A aplicação de inseticidas por si só não vai resolver”, comenta o entomologista do IMAmt, Eduardo Barros. A aplicação de inseticida para o bicudo, pontua ele, é chamada de manejo emergencial. “O bicudo tem que ser controlado o ano todo. Após a colheita do algodão é preciso destruir as soqueiras. Se você não fizer bem feito ele vai se manter o ano todo e se multiplicar nessa soqueira viva”.
Segundo os entomologistas do IMAmt, Eduardo Barros e Jacob Crosariol Netto, o manejo contra o bicudo tem que ser durante a safra e a entressafa. O manejo, explicam eles, envolve aplicação de inseticida, monitoramento, destruição de soqueira, destruição de plantas tiguera, entre outros.
Barros destaca que o combate do bicudo ainda é “difícil” visto a “cultura de o algodão ser muito complexa”, pois os cuidados são tanto dentro da porteira para dentro quanto para fora, no caso do transporte.
O pesquisador do IMAmt, Jacob Crosariol Netto, que a entidade recomenda a presença de um monitor para cada 800 hectares de algodão semeado. “Temos que ter esse monitores no campo todas as semanas rodando esses talhões. A partir disso, a aplicação de inseticida será consequência”.
Fonte: Olhar Direto
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