Pragas e Doenças

Aprosoja estuda controle para o mofo branco

Até então considerada uma doença de regiões altas e de temperatura amena, o fungo já infestou áreas no sul do estado


Publicado em: 23/07/2012 às 15:40hs

Aprosoja estuda controle para o mofo branco

Em Mato Grosso, o mofo branco, doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, começa a colocar em alerta os produtores de soja. Até então considerada uma doença de regiões altas e de temperatura amena, o fungo já infestou áreas no sul do estado. A Aprosoja participou durante esta semana do encontro internacional de mofo branco, realizado em Ponta Grossa, no Paraná. O evento, organizado pelo grupo de Pesquisa em Fitopatologia Aplicada da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), reuniu, durante os dias 16 a 19 de julho, cooperativas, agricultores, consultores e palestrantes brasileiros e estrangeiros em torno do assunto, além da apresentação de trabalhos científicos.

Segundo o gerente institucional da Aprosoja, Nery Ribas, as áreas com maior concentração da doença estão localizadas nos municípios de Jaciara, Alto Taquari, Campo Verde. “São regiões que possuem temperaturas mais amenas e isto favorece a proliferação do fungo, que necessita de menos horas de calor para desenvolvimento da doença”, destacou Ribas. O gerente da Aprosoja estima que haja cerca de 400 mil hectares que já apresentaram algum tipo de ocorrência da doença em Mato Grosso.

A produtora rural e delegada da Aprosoja, Roseli Giachini, apresentou um trabalho de pesquisa que está realizando sobre o tema durante o encontro. Giachini vai defender uma tese de doutorado sobre o mofo branco. “O mofo branco tem uma severidade comparada à ferrugem asiática. A doença afeta a produtividade das lavouras, como a ferrugem. O fungo ataca o caule da soja, impedindo a passagem da seiva e em pouco tempo a planta seca”, alertou a produtora rural e pesquisadora.

Nery Ribas afirmou que de 2005 pra cá pesquisadores intensificaram os estudos sobre o mofo branco. “Atualmente as estratégias de prevenção e manejo para o controle da doença têm sito por meio do uso de fungicidas, o que apresenta um alto custo e eficiência questionável, pois o tratamento químico para essa doença é extremamente difícil, seja pela ausência de informações ou pela própria natureza do fungo, que pode sobreviver até 12 anos no solo”, explicou.

Além da soja, o mofo branco ataca o algodão e outras leguminosas, como, por exemplo, o feijão. “São todas culturas que já temos aqui em Mato Grosso e com grande potencial de crescimento. Por isto a importância de nos antevermos a este problema. Os debates durante o encontro foram fundamentais para trocarmos experiências e conhecermos o que há de mais atual com relação a pesquisas e técnicas sobre esta doença”, destacou Nery Ribas.

Entre os objetivos estratégicos da Aprosoja estão viabilizar condições tecnológicas e gerenciais para que os produtores tenham competitividade e rentabilidade nos negócios. Neste sentido a entidade possui uma Comissão de Gestão da Produção, que atua exatamente na busca de alternativas para o controlar e combater as doenças que afetam as lavouras de soja e milho.

Fonte: Assessoria de Comunicação Aprosoja

◄ Leia outras notícias