Pragas e Doenças

‘Uma das maiores preocupações das empresas no país é oferecer produtos com menor toxicidade e maior eficiência no controle de pragas, doenças e plantas daninhas’

Referência no agronegócio, Luiz Gustavo Floss fala sobre mudanças climáticas; a necessidade de maior produção de alimentos; e a busca de produtos atóxicos


Publicado em: 20/03/2024 às 09:00hs

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Luiz Gustavo Floss: Engenheiro agrônomo com especialização em Administração Rural e mestrado em Produção Vegetal
Por: Marco Antônio Rocha

Uma das principais referências brasileiras quando assunto é agronegócio, Luiz Gustavo Floss é engenheiro agrônomo com especialização em Administração Rural e mestrado em Produção Vegetal. Há 23 anos presta consultoria para produtores rurais, cooperativas e fabricantes – como a Fertsan, que tem se destacado no desenvolvimento de uma linha inovadora de fisioativadores com nanotecnologia. Desde 2006, o especialista realiza pesquisas agrícolas aplicadas nas áreas de nutrição de plantas, fisiologia vegetal, fitopatologia, entomologia e plantas daninhas. Nesta entrevista, Floss aborda a agricultura frente às mudanças climáticas; a necessidade de maior produção de alimentos para o mercado nacional e estrangeiro; e a consciência do consumidor na busca de produtos amigos do meio ambiente. 

As mudanças no clima tornam os desafios no campo ainda maiores. Como a tecnologia pode ajudar o agricultor a lidar com as condições que serão cada vez mais adversas?

Floss: As mudanças climáticas de fato dificultam a vida do agricultor, uma vez que interferem diretamente no crescimento da planta. A tecnologia voltada à produção no campo tem evoluído muito, favorecendo a formação das raízes e da parte aérea das plantas. Com uma melhor absorção de nutrientes e água, ficam mais bem preparadas para enfrentar as adversidades do clima.

O consumidor tem demonstrado mais consciência na compra de produtos, preferindo aqueles que são atóxicos. Diante desse cenário, como está no Brasil o mercado de produtos amigos do meio ambiente?

Floss: Uma das maiores preocupações das empresas no país é oferecer produtos com menor toxicidade e maior eficiência no controle de pragas, doenças e plantas daninhas. Produtos desse tipo se encaixam em uma nova agricultura, com a valorização da produção sustentável. As pesquisas da Fertsan levaram anos até chegarem ao equilíbrio entre um produto que aumente a formação de grãos de forma eficiente e seja amigo do meio ambiente.

Um dos maiores desafios do planeta nos próximos anos é alimentar um contingente grande de pessoas. Como aumentar a produção em espaços que estão diminuindo devido à seca ou cheia, dependendo da região?

Floss: É importante ter em mente que o uso correto das tecnologias promove uma melhor formação das plantas. Assim, elas produzem em maior quantidade, ao mesmo tempo que sofrem menos com problemas frequentes. Isso resulta em aumento da produtividade, associado ao menor custo do produto final. 

⁠Como os novos fisioativadores que estão chegando com força no mercado podem revolucionar o cultivo de grãos? Especialmente a soja, por sua relevância em nossa balança comercial.

Floss: Esses tipos de produtos podem melhorar a formação da planta, aproveitando melhor recursos como energia solar, água e nutrientes. Tudo passa pela formação da estrutura de plantas, o que diminui a presença de pragas e doenças. A linha da Fertsan atua nesse sentido, não apenas na soja, mas em culturas de milho, algodão, feijão, cana de açúcar, tabaco e trigo.

⁠Que caminho as pesquisas de fertilizantes estão indicando para os próximos anos no Brasil?

Floss: O que temos visto é o desenvolvimento de fertilizantes organominerais, com maior eficiência de aproveitamento dos nutrientes através de ferramentas biológicas.

 

Fonte: Rebento Comunicação

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