Publicado em: 19/06/2012 às 17:10hs
De acordo com os dados, a quantidade de fertilizante por área plantada passou de 70 kg por hectare em 1992 para mais de 150 kg/ha em 2010. Durante o período, o uso de fertilizantes consumidos no país chegou a atingir um pico de 160 kg/ha em 2007, segundo o IBGE, em consequência da grande demanda dos produtores de grãos e algodão, da antecipação de compras pelos produtores, e da adoção de novas tecnologias.
O índice caiu em 2008 e 2009, como reflexo da crise econômica internacional e de uma queda na entrega de fertilizantes. Mas voltou a subir em 2010, ano marcado pela forte demanda do mercado internacional por commodities brasileiras, o que incentivou a produção e a compra de fertilizantes.
Entre os fertilizantes mais usados no país estão o potássio, o fósforo e o nitrogênio. Segundo o relatório, o uso intensivo de nitratos contamina o lençol freático, ameaçando a saúde da população e dos aquíferos subterrâneos. Além disso, os óxidos de nitrogênio que se originam de reações químicas dos fertilizantes no solo podem alcançar camadas mais altas da atmosfera, contribuindo para a destruição da camada de ozônio.
Agrotóxico – O relatório do IBGE também aponta um aumento no uso de agrotóxicos entre 2000 e 2009, quando a relação de quilos por hectare aumentou de 3 kg para mais de 3,5 kg.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão federal que avalia a toxicologia de agrotóxicos para fins de registro, em 2008 o Brasil se destacou como o maior consumidor do produto no mundo, respondendo por 86% da quantidade de agrotóxico vendida na América Latina.
Entre os agrotóxicos mais usados no país destacam-se os herbicidas (71,1%), os inseticidas (66,4%) e os fungicidas (55,3%). O Rio de Janeiro é o estado que mais consome os produtos, com um índice de 11 kg/ha. Segundo estado no ranking, São Paulo atingiu 7 kg/ha, segundo o documento.
O amplo uso de herbicidas no Brasil, diz o IBGE, está associado às práticas de cultivo mínimo e de plantio direto no Brasil, técnicas agrícolas que usam mais intensamente o controle químico de ervas daninhas.
Fonte: G1
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