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Transição na agricultura é destaque na Embrapa Clima Temperado

O evento tratou de questões objetivas e práticas, que atuam no processo de transição de uma agricultura convencional para outra com formatos de produção agroecológicos


Publicado em: 16/07/2012 às 08:30hs

Transição na agricultura é destaque na Embrapa Clima Temperado

Para dar sequência à Jornada Técnica que reuniu inúmeros técnicos de Ates em 2010, na Embrapa Clima Temperado, o ConFIE e o Projeto Transição Agroecológica: Construção Participativa do Conhecimento para a Sustentabilidade, realizaram entre os dias 10 e 11.07, o Curso “Transição Agroecológica”. O evento tratou de questões objetivas e práticas, que atuam no processo de transição de uma agricultura convencional para outra com formatos de produção agroecológicos.

Em seu primeiro dia a atividade contou com os relatos de experiências em transição de agricultores assentados e técnicos de Ates da Emater, Coptec e do Cetap. O agricultor e coordenador do setor de produção vegetal da Coopava, localizada no Assentamento Conquista da Liberdade, em Piratini/RS, Pedro de Campos, contou como aconteceu a consolidação das práticas agroecológicas efetivadas pelas famílias dentro do assentamento e afirma: “existia a necessidade de conservar o ambiente em que vivemos. As famílias enxergaram a importância de conservar o ambiente que vivemos, e hoje produzimos alimentos de qualidade e principalmente saudáveis, e não simplesmente mercadoria”.

No segundo dia de curso foram abordadas as estratégias para a conversão, Pesquisadores da Embrapa Clima Temperado demonstraram seus trabalhos em manejo dos solos (situação dos solos hoje, fontes alternativas de insumos, formação dos solos) e as novidades na utilização dos pós de rochas na agricultura. O pesquisador Carlos Augusto Silveira que abordou “A geologia e o desenvolvimento de insumos para a agricultura sustentável” alerta: “nem toda rocha é boa. É necessário olhar todos os elementos, pois muitas vezes, há agentes contaminantes e que não atendem à legislação”.

Pós de Rocha

A utilização de pó de rocha serve como fertilizante e corretivo do solo, além de ser uma alternativa para reduzir custos de produção do agricultor. A prática, conhecida como rochagem, é a incorporação de rochas moídas ao solo, como forma de tornar a terra menos ácida e mais fértil. Os diferentes minerais existentes nas rochas, quando aplicados no solo, também ajudam a recuperar solos pobres e a renovar a fertilização das áreas de exploração agrícola.

O último dia de palestras contou com a presença do professor do curso de Agronomia da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), Márcio Gonçalves, que expôs o tema “Manejo para a fitossanidade animal e vegetal”, com ênfase no controle biológico. Também o especialista em “Homeopatia Integrativa” e engenheiro agrônomo da Epagri/SC, Pedro Boff fez um resgate histórico sobre o tema e apresentou as vantagens da prática dessa ciência centenária. “A homeopatia integrativa na transição agroecológica é uma contribuição para o restabelecimento do equilíbrio do sistema como um todo, seja animal, vegetal ou até mesmo humano. E o melhor de tudo, não deixa nenhum resíduo no ambiente”, enfatiza Boff.

Fonte: Embrapa Clima Temperado

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