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Sistema de Produção Integrada de Tomate de Mesa

Um projeto inovador está desenvolvendo as normas técnicas para a cultura do tomate de mesa que vão servir de referência para todo o Brasil


Publicado em: 27/02/2012 às 14:00hs

Sistema de Produção Integrada de Tomate de Mesa

Com início em 2004 e em fase de conclusão, o Sistema de Produção Integrada de Tomate de Mesa – SISPIT reúne o trabalho de 10 pesquisadores da Epagri, na Estação Experimental de Caçador - Santa Catarina.

A pesquisa vem sendo feita em todas as etapas da cultura do tomate de mesa. Para isso, a equipe de profissionais, qualificada em diferentes áreas do conhecimento científico, acompanha e avalia todos os aspectos referentes ao cultivo do tomate como o preparo do solo, adubação, sistema de plantio e condução das plantas, irrigação, controle de pragas e doenças, até a colheita. Nos experimentos a campo são utilizadas as mais modernas tecnologias de produção sustentável, com o propósito de ofertar ao mercado um alimento seguro, de qualidade garantida.

Em Santa Catarina, a tecnologia de produção de tomate de mesa foi importada das regiões produtoras de São Paulo onde se utilizam altas doses de agrotóxicos e de adubos químicos. A finalidade do SISPIT é justamente mostrar aos produtores que é possível uma produção equilibrada, com racionalização de insumos, diminuição de custos de produção e menor impacto ambiental. O engenheiro agrônomo Walter F. Becker, pesquisador da Epagri em Caçador e coordenador do projeto, diz que os resultados já obtidos demonstram a viabilidade do sistema, com grandes benefícios ao produtor. “No sistema convencional o produtor segue um conceito de 20 anos atrás com pulverizações que chegam até três vezes por semana. No SISPIT nós tivemos uma redução de 54% na aplicação de fungicidas e 42% no uso de inseticidas”, informa Becker.

Além disso, o número de sacas de adubo por mil pés de tomate diminuiu de cinco para três, ou seja, duas sacas de adubo a menos. No final das contas, o que vale é a margem de lucro para o produtor. E, neste ponto, Becker destaca que sistema de produção integrada mostra ser bem mais vantajoso. “Em cada caixa de tomate, o produtor pode ter uma margem de lucro bem maior, como por exemplo a da safra 2010-2011 onde a margem de lucro ficou em 120%”. Mas, quem ganha com o sistema também é o meio ambiente e o consumidor que vai levar para casa um produto de qualidade garantida, atestada pelo selo de certificação e rastreabilidade da produção integrada.

Todas as tecnologias aplicadas no SISPIT são validadas nas propriedades agrícolas em unidades de observação e são divulgados em dias de campo. No dia 13 de fevereiro, a equipe técnica envolvida no projeto promoveu um dia de campo na Estação Experimental de Caçador e apresentou os resultados para técnicos e produtores de vários municípios. Recomendações como o plantio direto sobre coberturas verdes, tutoramento vertical das plantas, redução de adubação de base e de manutenção, manejo de pragas e de doenças, aumento na produtividade e redução de custos foram disseminadas ao público.

A tecnologia do Sistema de Produção Integrada de Tomate de Mesa para a região do Alto Vale do Rio do Peixe faz parte de um vídeo técnico que vem sendo produzido pela equipe de televisão da Gerência de Marketing e Comunicação da Epagri. As informações serão divulgadas em nível nacional pelo Programa “SC Agricultura” e por meio do site da Epagri.

Mais informações: Walter Ferreira Becker/Epagri/Estação Experimental de Caçador, no telefone: (49 – 3561-2000).

Fonte: Epagri - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

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