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SERICICULTURA: Encontro para discutir fortalecimento da cadeia produtiva da seda

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento é um dos órgãos coordenadores do 30° Encontro Estadual dos Sericicultores, que acontecerá no dia 12 de julho, no município de Terra Boa


Publicado em: 22/03/2012 às 11:50hs

SERICICULTURA: Encontro para discutir fortalecimento da cadeia produtiva da seda

A programação inclui discussões sobre o fortalecimento da cadeia produtiva da seda no Estado e o uso de agrotóxicos, apresentações e relatos de produtores referenciais e a análise do mercado e das perspectivas do setor.

Público - Cerca de 2 mil produtores, técnicos, empresários e pesquisadores vão participar do encontro, organizado pela secretaria, Emater, Câmara Técnica do Complexo da Seda do Paraná e prefeitura de Terra Boa. O Paraná produz 93% dos casulos do País. São 3,4 mil produtores em 216 municípios, com destaque para a região Noroeste e a cidade de Nova Esperança (responsável por 15% da produção paranaense).

Entre os melhores - “O fio de seda produzido no Estado é considerado um dos melhores do mundo. Isso passa pela qualidade das larvas produzidas pelas indústrias de fiação e pelo manejo no campo, tanto na criação como na alimentação do bicho da seda”, afirma André Lopes, zootecnista do Departamento de Desenvolvimento Agropecuário (Deagro) da secretaria.
 
Agrotóxicos
  – Segundo o engenheiro agrônomo João Ricardo Franchini, do Núcleo Regional da secretaria em Cianorte, uma das maiores preocupações do setor é o aumento na incidência de derivas de agrotóxicos, que acabam contaminando as amoreiras e ocasionando grandes perdas aos sericicultores. Durante os encontros com os produtores, a secretaria procura orientá-los sobre como formalizar denúncias no caso de se sentirem lesados com esse tipo de ocorrência.
 
Pequenas áreas
  - A produção do casulo e o cultivo das amoreiras estão concentradas em pequenas propriedades vizinhas a grandes áreas com outras culturas que utilizam o agrotóxico para o controle das pragas. Normalmente, essa aplicação é feita por pequenos aviões, e a pulverização acaba atingindo as lavouras de amora. O prejuízo chega para os sericultores nos barracões, com a morte das lagartas que se alimentam das folhas contaminadas. Em alguns casos, chega-se a perder 100% da produção.

 Alternativa de diversificação  - Apesar dessa preocupação, a sericicultura é considerada uma das principais alternativas de diversificação da pequena propriedade, geradora de empregos e renda. “Hoje, a sericicultura se apresenta bastante interessante, pois é uma fonte de renda certa. Tudo o que é produzido tem venda garantida”, diz André Dias Lopes. “Além disso, é uma cultura ecologicamente correta, com uso zero de agrotóxicos e que contribui para o sequestro de carbono”, completa.