Publicado em: 22/08/2012 às 10:00hs
Com o intuito de promover a preservação das sementes crioulas e a segurança alimentar do trabalhador rural, a Emater/RS-Ascar e a Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente de Ivorá, com o apoio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), realizam na quinta-feira (23/08), o Seminário de Agrobiodiversidade, no Salão Comunitário de Linha Simonetti, no interior do município. O evento é preparatório para a realização do 1° Encontro de Troca de Sementes Crioulas de Ivorá, que será realizado no dia 15 de setembro, no mesmo local.
O técnico agrícola do escritório da Emater/RS-Ascar de Ivorá, Nilmar Stefanello, explica que o Seminário preparará a comunidade da Linha Simonetti e os produtores sobre o tema agrobiodiversidade e como será feita essa troca de sementes. “As sementes crioulas são aquelas melhoradas e conservadas pelas famílias agricultoras ao longo do tempo, adaptadas às suas condições de solo e clima, às suas práticas de manejo e preferências culturais. Historicamente, as comunidades agrícolas têm sido responsáveis pela conservação de uma riquíssima diversidade de espécies e variedades, adaptadas aos mais diferentes usos e necessidades”, explica Stefanello.
O evento preparatório tem inicio às 14h, com palestra sobre importância da preservação das sementes crioulas na segurança e soberania alimentar, ministrada pela assistente técnica em Bem-Estar Social do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, Ângela Pereira. Após, a professora da UFSM Lia Reiniger fala sobre preservação das sementes crioulas. No mesmo dia, também acontece avaliação de amostras de sementes trazidas pelos agricultores da região.
De acordo com Stefanello, justamente com o objetivo de debater essas questões e avançar no diálogo com os agricultores familiares que, a partir de uma pesquisa feita pela equipe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar em 2011, sobre a história da comunidade e a posterior realização de um jantar típico, mostra de utensílios e fotos das famílias, surgiu uma possibilidade de se trabalhar as sementes crioulas.
“Foi quando sentimos que havia mobilização da comunidade para prosseguir com o trabalho e introduzir a questão como parte de uma estratégia produtiva para fornecer alimentos e outras vantagens, enriquecendo a dieta e diversificando as possibilidades de obtenção de renda”, diz Stefanello.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
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