Publicado em: 13/08/2012 às 16:20hs
Este já é o ano mais quente da história dos EUA, desde as primeiras medições oficiais, em 1895.
Cerca de 65% do território dos EUA, excluindo Alasca e Havaí, sofre uma das mais severas secas da história.
Segundo estimativas do governo americano, o preço da carne, dos ovos e dos laticínios deve aumentar de 4% a 5% nos próximos 12 meses.
Quase 90% das plantações de milho foram afetadas, e as consequências vão da pecuária à energia.
O grão é usado como ração para os rebanhos locais e também na produção do etanol norte-americano.
Mas o efeito é global, pois 32% da produção mundial de milho é norte-americana.
EUA, Brasil e Argentina são os principais exportadores do cereal.
O preço do grão subiu 33% nos últimos três meses.
Essa alta é comemorada pelos produtores, que têm renda maior, mas já afeta a inflação e os custos de produção das carnes, já que os preços do farelo de soja e do milho são itens importantes na composição da ração.
A colheita de soja nos EUA é a menor em cinco anos, e a de milho, em seis anos.
As perdas devem chegar a bilhões de dólares. A produção de milho gerou renda de US$ 76,5 bilhões no ano passado no país (como comparação, o faturamento total da Vale é de US$ 60 bilhões).
Calor
Este já é o ano mais quente da história dos EUA, desde as primeiras medições oficiais, em 1895.
Cerca de mil condados em 29 Estados foram declarados área de desastre natural, o que permite financiamento federal a juros baixos para os produtores e que áreas de conservação e reserva sejam usadas como pasto.
O maior efeito político da seca, até agora, no entanto, é a pressão para a aprovação no Congresso de um pacote de incentivos e subsídios agrícolas de US$ 1 trilhão nos próximos cinco anos.
Mas setores do Partido Republicano contrários ao pacote conseguiram empurrar a votação para depois do recesso de verão do Congresso norte-americano, que começou na quinta-feira (09) e dura cinco semanas.
Fonte: Folha de S. Paulo
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