Em São José do Norte, a semeadura está ocorrendo num processo de seca, segundo o secretário de Agricultura do município, Umberto Pinheiro. Alguns produtores, que têm equipamentos, estão irrigando. Outros, sem esse recurso, esperam a chuva para semear.

Pinheiro conta que, entre março e abril, o volume de chuvas ficou abaixo da média mensal na cidade, que é 100 milímetros. Em abril, a precipitação foi de 25 milímetros. No mês de março, não chegou a 70 milímetros. O preparo do solo também contribui para a terra ficar ainda mais seca, pois ocorre em meio à ação dos ventos e sem chuva. A estimativa é que este ano o bulbo seja plantado em aproximadamente 2 mil hectares, como ocorreu no ano passado.

Em Rio Grande, que normalmente tem ocupado em torno de 800 hectares com o plantio do bulbo, o preparo da terra e o plantio da semente começaram em meados de abril. O município tem déficit hídrico mas, segundo o supervisor da Secretaria Municipal de Agricultura, Jesus Carrasco, não chega a afetar a semeadura. Da safra anterior, mais de 90% da produção foi comercializada. Resta pouco produto nos galpões. O preço pago ao cebolicultor começou bom: entre R$ 1 e R$ 1,05 o quilo. Depois foi caindo e, no final, estava em R$ 0,30. "Tivemos alguns problemas com a entrada da cebola de Santa Catarina e da Argentina, que influencia no preço, mas entendo que faz parte. O que precisamos é nos qualificar cada vez mais", avaliou Carrasco.

A venda da safra de São José do Norte atingiu 65 mil t e está praticamente concluída. Ainda restam entre 2,5% e 5% nos galpões. "A comercialização ocorreu bem, mas os preços pagos aos cebolicultores é que não foram os esperados", diz Pinheiro. plantio de cebola da safra 2012.