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RR: sistema de integração lavoura-pecuária-floresta como alternativa de produção em Roraima

Quando se almeja praticar a agricultura de forma sustentável, deve-se ter em mente melhorar, conservar e utilizar mais eficientemente o solo, mantendo-o coberto o maior tempo possível, praticando a rotação de culturas e o uso de adubos verdes


Publicado em: 06/06/2012 às 12:40hs

RR: sistema de integração lavoura-pecuária-floresta como alternativa de produção em Roraima

Daí surge a possibilidade de implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF). Esse sistema é uma estratégia de produção sustentável que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado.

Os sistemas iLPF trazem vários benefícios para a propriedade rural. As vantagens biológicas, físicas e ambientais são representadas pela melhoria da estrutura física e química do solo, controle da erosão e aumento da produtividade. As vantagens econômicas e sociais são aquelas que afetam diretamente a vida do agricultor, como aumento da renda, melhoria na alimentação, maior variedade de produtos e serviços, emprego fixo durante o ano e manutenção do agricultor e de sua família no campo.

Segundo o pesquisador da Embrapa Roraima (Boa Vista/RR), Ciro Magalhães, as medidas de correção e preparo do solo para a implantação do Sistema iLPF são basicamente as mesmas que o agricultor faz quando inicia a exploração agrícola de sua terra, ou seja, amostragem do solo para análise química e correção. “Quando for detectada a presença de impedimentos físicos, como camadas adensadas ou compactadas abaixo de 20 cm de profundidade, é recomendada a realização de uma escarificação ou até mesmo subsolagem, para quebrar essa camada dura que pode impedir o crescimento adequado das raízes e prejudicar o rendimento das culturas”, diz o pesquisador.

De acordo com o que tem sido observado nos experimentos conduzidos pela Embrapa Roraima, deve-se atentar para a correção e preparo do solo, já que geralmente esse sistema é adotado em conjunto com o sistema de plantio direto, por isso é importante que essa correção seja muito bem feita. O plantio das espécies florestais deve ser realizado logo no início do período chuvoso, após a semeadura da cultura anual; e as linhas de plantio das espécies florestais devem ser orientadas no sentido leste-oeste, para que ocorra maior penetração de luz nas entrelinhas, favorecendo o crescimento das forrageiras.

O milho e a soja são as principais culturas anuais que têm sido utilizadas em sistemas iLPF, devido, principalmente, à tradição de cultivo, ao grande número de cultivares comerciais adaptadas às diferentes regiões do Brasil. Essas culturas também são muito utilizadas na recuperação e na renovação de pastagens, nas quais os custos serão amortizados com a produção de grãos.

As espécies florestais mais utilizadas são: eucalipto, mogno, teca, acácia mangium, gliricidia, entre outras. Quanto às forrageiras, capins, principalmente do gênero Brachiaria ou do gênero Panicum, como o capim Tanzânia, são mais recomendados.

Para a pecuária, a adoção de sistemas iLPF é interessante para viabilizar a correção da fertilidade do solo. Além disso, os ganhos em produtividade de grãos e carne contribuem para reduzir a pressão para a abertura de novas áreas.

Saiba mais sobre este assunto, ouvindo o Prosa Rural.

Fonte: Página Rural

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