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Região nordeste de MT é a nova fronteira agrícola

São José do Xingu é um dos municípios do nordeste de Mato Grosso com forte vocação para a produção agrícola, embora a pecuária ainda predomine como principal atividade econômica


Publicado em: 27/07/2012 às 15:20hs

Região nordeste de MT é a nova fronteira agrícola

A posição geográfica da região, o relevo e o clima favorecem o cultivo de soja e milho. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o município produziu 108,2 mil toneladas de soja na safra 2011/2012. O volume do rebanho bovino é de 412,8 mil cabeças. Os desafios da região foram destacados pelo ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, durante o Ciclo de Palestras da Famato e Senar-MT realizado na noite de quarta-feira (25.07).

Paolinelli visitou pela primeira vez o município e ficou surpreso com as oportunidades que a região oferece para o desenvolvimento da agricultura. "Essa região é muito favorável para os produtores desenvolverem a Integração Lavoura-Pecuária. O regime de chuvas é muito bom e é possível fazer tranquilamente duas safras no ano. Acredito que a pecuária aqui terá que ser intensificada, assim como devem surgir outras atividades econômicas como a bioenergia e a floresta", opinou o ex-ministro.

Durante a palestra, Paolinelli anunciou que o Brasil terá o próximo grande "corn belt" (cinturão do milho) do mundo. A área abrangerá o Mato Grosso, o leste do Pará, Maranhão, Piauí, noroeste da Bahia, Tocantins e Goiás - estados com forte vocação agrícola.

Em um discurso emocionado, a presidente do Sindicato Rural de São José do Xingu, Delúbia Maria Borges Tulha, lembrou de uma matéria que assistiu há alguns anos denominando a região como "vale dos esquecidos". "Fiquei triste em ouvir isso. Viemos para cá porque acreditamos na potencialidade dessa região. Nunca mais ninguém vai nos chamar de vale dos esquecidos. Somos o vale do desenvolvimento", disse Delúbia.

O presidente da Famato e do Senar-MT, Rui Prado, informou que a região é estratégica para a economia mato-grossense e reforçou mais uma vez a importância do conhecimento e das estradas pavimentadas para a agricultura crescer ainda mais. "Nós temos que nos desenvolver junto com a região. O progresso chega muito rápido e precisamos agarrar essa oportunidade. As fazendas estão sendo valorizadas, assim como a construção civil, e tudo o que for feito aqui será valorizado", ressaltou Prado.

Além de produtores rurais, o evento contou com a participação de comerciantes, estudantes e moradores de outros municípios do entorno, totalizando aproximadamente 170 pessoas. Há 13 anos, o cabeleireiro Esequias Laurindo dos Santos acompanha de perto o desenvolvimento da agropecuária em São José do Xingu. Filho de pequeno produtor rural, Santos disse que também depende do crescimento do agronegócio para aumentar a geração de emprego e renda do seu salão de beleza. ?Nosso maior desafio são as estradas. Precisamos da pavimentação para continuar crescendo na região?.

"A palestra foi muito rica e ajudou a ampliarmos nossa mente. São informações que nos ajudam a ter coragem para exigir nossos direitos", opinou a produtora de Santa Cruz do Xingu, Negma Inacio Morandin.

O Ciclo de Palestras da Famato e Senar-MT já passou pelos municípios de Juína, Aripuanã, Alta Floresta e São José do Xingu. Os próximos serão em Juara, dia 10 de agosto, e Tangará da Serra, cuja data ainda será definida.

Para saber mais sobre o evento acompanhe o Blog do Sistema Famato, clique AQUI.

No dia 24.07, em Alta Floresta, Paolinelli destacou a importância da mobilização do setor produtivo. Confira AQUI.

A Famato, o Senar-MT, o Imea e os 86 sindicatos rurais de Mato Grosso formam o Sistema Famato.

Fonte: Assessoria de Comunicação FAMATO

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