Publicado em: 18/09/2012 às 19:20hs
Conquistar espaço no mercado institucional foi um dos principais motivos para que produtores de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, optassem por criar uma cooperativa.
Em atividade desde 2011, a Cooperativa dos Agricultores Familiares de Uberlândia e Região (Cooperaf) tem possibilitado a venda de produtos da agricultura familiar para as escolas do município. A Emater-MG prestou toda assistência aos cooperados para a implantação da cooperativa e a comercialização de sua produção.
A Cooperaf iniciou suas atividades com 26 associados entre agricultores familiares e assentados da reforma agrária. Os cooperados tiveram o apoio da Emater-MG, Ceasa Minas de Uberlândia, prefeitura e Associação Regional dos Produtores de Hortigranjeiros. Atualmente, a entidade reúne 130 cooperados.
A Emater-MG participou de todo o processo de implantação da Cooperaf trabalhando na mobilização e orientação dos cooperados. De acordo com a coordenadora técnica regional da Empresa, Suzana Kanadani Campos, “os extensionistas da Emater-MG têm auxiliado na gestão da cooperativa, acompanham e orientam os processos para a comercialização nas escolas”.
Um dos principais incentivos para a fundação da cooperativa foi a possibilidade de participar do mercado institucional. A Cooperaf fornece alimentos para 126 escolas municipais e 50 estaduais. As entregas acontecem toda segunda, terça e quinta-feira. Os produtores oferecem às escolas produtos, como banana, laranja, abacaxi, mamão, mandioca, batata doce, alface, couve, brócolis e milho verde.
Para fornecer os alimentos, a Cooperaf participa do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A iniciativa é do governo federal que, por meio da lei federal nº 11.947, garante que 30% dos recursos para a merenda escolar sejam destinados à compra de gêneros alimentícios produzidos pela agricultura familiar.
A Emater-MG desempenha papel importante para a inclusão dos produtores no PNAE. As atribuições da empresa são bem amplas e abrangem desde a assistência técnica, mobilização de agricultores, emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), orientação e elaboração de projetos até a capacitação dos agricultores em boas práticas de produção.
“A inserção dos agricultores familiares no PNAE visa garantir renda estável e programada ao longo do ano bem como o planejamento da produção para os clientes que são as escolas”, diz o extensionista, Carlos Miguel.
Segundo o presidente da Cooperaf, Enisio Carneiro, a cooperativa tem sido importante para melhorar a renda dos associados. “A partir do momento em que você envia [a mercadoria] para as escolas há um escoamento quase que total da produção, garantindo lucro aos produtores”, afirma o presidente.
Para a cooperada Helen Rodrigues, a criação da cooperativa e a venda de alimentos para as escolas melhoraram a renda dos produtores familiares da região. “Isso é um complemento que eu tenho na minha renda, uma garantia”, ressalta a produtora.
Para os próximos anos, a expectativa dos cooperados é a ampliação do mercado para escolas de municípios vizinhos, fortalecimento do mercado local, aumento de renda e profissionalização de novos produtores.
Fonte: Agência Minas
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