Os produtores de cacau do município de Linhares, principal produtor da fruta no Espírito Santo, continuam buscando soluções para a situação delicada em que vive o setor. Nesta terça-feira (07), a Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal) participa de uma reunião na Assembléia Legislativa capixaba para discutir a criação de uma nova lei que permita a aplicação de plano de manejo em áreas de preservação produtoras de cacau.
Durante reunião da Comissão de Agricultura, o coordenador da Comissão Técnica de Garantia Ambiental (CTGA/BA), Antonio Fernando Ribeiro Silva, vai apresentar alguns pontos importantes sobre a lei em vigor na Bahia, que permitiu flexibilidade aos produtores de cacau no manejo da lavoura no sistema cabruca, sob árvores nativas da Mata Atlântica.
Para o presidente da Acal, Maurício Antonio Buffon, a reunião será uma oportunidade de avançar nas discussões no Espírito Santo. “Aqui no Estado não temos uma lei que autorize ao produtor de cacau remanejar as árvores para otimizar seu espaço. Ele precisa ter o amparo legal para o plantio agroflorestal nessas áreas, como a seringueira e a pupunha, plantas que convivem bem com o cacau e poderão dar resultado econômico ao agricultor e manter a preservação local”, destaca Buffon.
Nas próximas semanas, a Acal, juntamente com a Secretaria de Estado da Agricultura (Seag), Instituto Capixaba de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e outros que compõem a Comissão, quer avançar nas discussões sobre o tema com os deputados estaduais para formatar o projeto de lei.