Publicado em: 17/01/2012 às 12:40hs
Segundo Francisco Simioni, economista e técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a estiagem afetou as lavouras paranaenses de forma não uniforme, o que está dificultando a agilidade dos diagnósticos de perdas.
Em todo o Estado, reforçou Simioni, os prejuízos com a estiagem somam cerca de R$ 1,5 bilhão. O economista explicou que o produtor só pode pedir o ressarcimento ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o pagamento do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) se estiver com os laudos técnicos em mãos, sejam eles emitidos por departamentos públicos ou privados. ''Dependendo da perda, o Proagro chega a disponibilizar, por produtor, em torno de R$ 3,5 mil, mais o pagamento de suas dívidas adquiridas durante o período de safra'', apontou.
Simioni acrescentou que para acionar o seguro, as perdas com a estiagem devem ser superiores a 30%, para compensar o acionamento da indenização. O economista orientou que os produtores que receberem esses recursos devem aproveitar para investir na próxima safra de inverno e reduzir o impacto da safra verão. Segundo ele, no Sudoeste paranaense, por exemplo, com o total de R$ 15 milhões de recursos disponibilizados, R$ 6 milhões deverão ser destinados para a compra de sementes e fertilizantes.
O corretor Carlos Somacal, da Seguradora Agri Seg de Toledo, afirmou porém que a maior parte dos recursos serão utilizados exclusivamente para o pagamento de dívidas da atual safra. Segundo ele, a seguradora que chega a cobrir 80 mil hectares no Sudeste e Sul do Estado já possui acionamento de cerca de 80%.
Fonte: Folha Web
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