Publicado em: 12/04/2012 às 13:10hs
O idealizador dessa tecnologia social, o engenheiro agrônomo senegalês Aly Ndiaye, esteve nesta terça-feira (10/04), em São Luiz Gonzaga e Três Passos, para divulgar que, com a implantação de mais de 10 mil unidades em 23 estados brasileiros, desde 2005, o projeto viabiliza a produção de alimentos saudáveis pelos pequenos agricultores familiares e, ao mesmo tempo, a preservação do meio ambiente.
Para dar início a implantação da referida tecnologia social – instrumentos, técnicas e processos de baixo custo – no Noroeste gaúcho, um curso de quatro dias será ministrado pela engenheira agrônoma e professora da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), Janaína Tauil Bernardo, nas cidades de São Luiz Gonzaga e Campo Novo. “Colocaremos em prática, por meio da implantação de uma unidade dentro da propriedade, tudo que foi abordado na palestra do Aly”, anunciou Janaína. O curso é gratuito e o certificado, que é opcional, tem o custo de R$ 5,00 no momento da inscrição.
O conteúdo da aula teórica trata do conceito e importância do sistema de produção com bases agroecológicas, benefícios do consumo de alimento agroecológico para o ser humano, conceito de sistema de irrigação, princípios de sustentabilidade familiar, importância da integração dos animais à unidade familiar de produção agroecológica, noções de associativismo e formação de redes para escoamento e comercialização da produção. Já as aulas práticas vão abordar as 10 etapas do processo de implantação das Unidades de Produção Agroecológica Integrada Sustentável: 1) escolha e preparação do terreno para implantação da unidade familiar; 2) seleção das culturas a serem plantadas; 3) demarcação do galinheiro que ficará ao centro dos canteiros; 4) construção do galinheiro; 5) preparação dos canteiros; 6) uso de energia; 7) sistema de irrigação por gotejamento; 8) compostagem (produção de adubos naturais); 9) quintal agroecológico; 10) associativismo e comercialização
O idealizador explicou que o modelo de tecnologia social Pais convida os agricultores familiares ao desenvolvimento sustentável. “Ele estimula a agricultura orgânica por meio de processo produtivo sem uso de agrotóxicos; reduz a dependência de insumos vindos de fora da propriedade; apoia o correto manejo dos recursos naturais; incentiva a diversificação da produção; e evita o desperdício de alimento, água, energia e tempo do produtor”, afirmou Ndiaye.
O engenheiro agrônomo acrescentou que trata-se de uma nova alternativa de trabalho e renda para a agricultura familiar, podendo ser usada por todos que queiram melhorar a qualidade de produção (agricultores de baixa renda, assentados em projetos de reforma agrária, produtores de áreas remanescentes de quilombos, participantes de programas sociais do governo federal). A tecnologia social Pais possibilita o cultivo de alimentos mais saudáveis, tanto para consumo próprio quanto para comercialização. “Além disso, é agroecológica: dispensa uso de ações danosas ao meio ambiente; é integrada porque alia a criação de animais com a produção vegetal e ainda utiliza insumos da propriedade em todo o processo produtivo; é sustentável porque preserva a qualidade do solo e das fontes de água. A intenção é ‘vulgarizar’ a prática da sustentabilidade, não apenas tratar dela em fotos, discursos, palestras”, destacou Ndiaye.
Confira os dias e horários do curso:
Campo Novo – Escola Ervina Catarina Löw
São Luiz Gonzaga
Inscrições
As fichas de inscrição estão disponíveis nos campi da Uergs São Luiz Gonzaga e Três Passos, nos escritórios da Emater/RS-Ascar de Campo Novo, Esperança do Sul e Três Passos.
Fonte: Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar
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