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Porto do Itaqui vai escoar até 11% da safra do país

A meta é que o porto movimente cinco milhões de toneladas de soja, milho e farelo a partir da sua inauguração, o dobro do registrado hoje


Publicado em: 08/11/2012 às 16:30hs

Porto do Itaqui vai escoar até 11% da safra do país

O Terminal de Grãos do Maranhão, localizado no porto do Itaqui, em São Luís (MA), deve iniciar as suas operações no final de 2013 e escoar até 11% da produção agrícola do país, em especial a produção das regiões Norte e Centro-Oeste.

A meta é que o porto movimente cinco milhões de toneladas de soja, milho e farelo a partir da sua inauguração, o dobro do registrado hoje.

Para os próximos anos, a meta é ainda mais ousada: até 2019, espera-se atingir uma movimentação de cerca de 15 milhões de toneladas de grãos anualmente.

O projeto existe desde 2004. As obras estão na fase inicial, a de terraplanagem.

Ontem, quarta-feira (7), ocorreu em São Luís a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do terminal, que será composto por quatro armazéns, cada um com capacidade de armazenar 125 mil toneladas de grãos.

A ideia é que o porto do Itaqui seja uma alternativa para os produtos de estados como Tocantins, Pará, Mato Grosso, Bahia e Piauí, que hoje enviam sua produção para os portos de Santos (SP) ou Paranaguá (PR), em viagens de mais de 2.000 km.

Segundo a Empresa Maranhense de Administração Portuária, que administra o porto desde 2001, a economia será de US$ 25 para cada tonelada de grãos.

A obra é executada por consórcio composto pelas empresas NovaAgri, Glencore, CGG Trading e pelo consórcio Crescimento, formado pelas empresas Louis Dreyfus Commodities Brasil e Amaggi Exportação e Importação.

Cada uma das empresas, mais o consórcio, arrendou um dos armazéns e poderá operá-lo por 25 anos.

Uma parte do investimento está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal.

Ao todo, são cerca de R$ 500 milhões, somados os montantes de investimento público e privado.

"Em várias regiões do país há espaços para agricultura que não são aproveitados porque não há como escoá-los. Com isso, a produção fica estagnada e deixa de gerar emprego, renda e riqueza. O terminal corrigirá essa distorção", disse Marcos Menoita, presidente do consórcio que está construindo o terminal.

Vários investimentos em logística, porém, ainda terão de ser feitos até que a produção agrícola chegue ao porto do Itaqui: a ferrovia Norte-Sul, que deve ir de Palmas (TO) até Açailândia (MA), bem como a conexão dessa ferrovia com a Estrada de Ferro Carajás, além da implantação de centrais de logística e a duplicação de rodovias.

O porto do Itaqui é hoje o segundo maior complexo portuário em movimentação de cargas do Brasil.

No ano passado, movimentou 128,9 milhões de toneladas de carga, 10% a mais que no ano anterior. Criado na década de 70, o porto está desde 2011 sob a administração da Empresa Maranhense de Administração Portuária.

Para os próximos anos, estão previstos, além do terminal, mais R$ 100 bilhões em investimentos em áreas como refino de petróleo, celulose, cimento e geração de energia, entre outras.

Fonte: Folha de São Paulo

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