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Perspectiva de expansão da canola é apresentada em eventos sobre culturas oleaginosas

A grande disponibilidade de informações e cultivares e o sistema de produção já estabelecido proporciona uma grande vantagem e segurança aos empresários e produtores de canola em todas as fases da cadeia produtiva, desde o cultivo até a comercialização e industrialização. Isso torna a cultura atraente para o País


Publicado em: 18/07/2012 às 16:00hs

Perspectiva de expansão da canola é apresentada em eventos sobre culturas oleaginosas

Com essas informações, o pesquisador da Embrapa Trigo Gilberto Tomm abriu a palestra “perspectivas do cultivo da canola para produção de energia” durante o segundo dia do V Congresso Nacional de Mamona, II Simpósio Internacional de Culturas Oleaginosas e o I Fórum Capixaba de Pinhão-manso, que acontece de 16 a 19 de julho, em Guarapari/ES. Os eventos são promovidos pela Embrapa Algodão, a Embrapa Agroenergia e o Incaper.

“Nós temos uma alternativa fantástica para o Brasil expandir a produção de óleos e proteína vegetal de alta qualidade empregando as mesmas áreas de produção de grãos que atualmente realizam apenas uma safra de milho ou soja por ano, a canola”, destaca o pesquisador.

A cultura tem um ciclo de 90 a 120 dias, que seria semeado logo após a colheita das duas principais culturas. A produtividade média obtida no Brasil atualmente é de 1.600 kg/ha. Entretanto, salienta Gilberto Tomm, o aperfeiçoamento da produção no emprego de tecnologias adequadas tem permitido que produtores consigam até 2.500 Kg/ha, o que ainda é bem inferior do potencial de 4.500 Kg/ha, que é o potencial genético dos híbridos empregados no Brasil.

Além disso, o óleo de canola, por ter o menor teor de gordura saturada e pela sua composição, contribui para redução de doenças coronárias e dos níveis de colesterol indesejados, sendo recomendação em dietas saudáveis. Na produção de biodiesel, este óleo proporciona características vantajosas em ambientes de baixas temperaturas, como o Norte da Europa e o sul do Brasil.

“É possível produzir canola em regiões de baixa latitude, inferiores a 35 graus, com os híbridos utilizados com baixa sensibilidade a fotoperíodo. Este é um fato novo.”, conta o pesquisador. A Embrapa identificou estes híbridos que têm condições de ser produzidos na região central do Brasil e tem experiências pioneiras até no Nordeste. Outro aspecto que o pesquisador destaca é a existência de investimento em pesquisa e tecnologia a nível mundial que constitui oportunidade de atender às necessidades e resolver problemas que podem ocorrer na produção aqui no País.

Pelo fato de ser a terceira maior oleaginosa a nível mundial e produzir um óleo de altíssima qualidade, tanto para alimentação humana quanto para produção de biodiesel, a canola tem uma grande procura, proporcionando uma oportunidade de mercado e preços atraentes e estáveis.

Os maiores produtores mundiais são os países da comunidade europeia, o Canadá, a China e a Austrália. Em relação ao Brasil, a área cultiva foi de 60 mil hectares na safra de 2011, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor seguido do Paraná.

Para o cultivo de canola, existe um conjunto de tecnologias e informações como o zoneamento agrícola disponíveis no site da Embrapa Trigo www.cnpt.embrapa.br/culturas/canola, que coordena, a nível nacional, as pesquisas com a cultura.

O cultivo pode ser realizado com financiamento e seguro agrícola, o que diminui o risco de perdas financeiras. Para realizar o plantio é necessário que o produtor adquira as sementes com as empresas que oferecem assistência técnica e garantia de compra de toda a produção. O preço pago pela canola é o mesmo da soja.

Acompanhe, no site www.cbmamona.com.br, as novidades dos eventos que contam com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Banco do Nordeste, Fundação de Apoio a Pesquisa do Espirito Santo, Senar e a Petrobrás Biocombustível.

Fonte: Embrapa Trigo

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