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Pepino como alternativa de produção e renda

Com um mercado cada vez mais promissor e com venda garantida de toda a produção, o produtor Paulo Inácio Sulzbach, morador de Linha Marechal Floriano, há três anos, resolveu apostar na produção de pepino


Publicado em: 06/12/2012 às 15:20hs

Pepino como alternativa de produção e renda

A aposta deu certo e hoje conta com duas lavouras – um total de 7,5 mil pés e vem colhendo em média, 180 quilos por dia. Toda a produção é fornecida para a agroindústria de conservas São João, de propriedade de Marcos Schons, localizada em Estância Nova.

Depois que Sulzbach parou de plantar tabaco, há três anos, o pepino se tornou a fonte de renda principal e afirma que parou com o tabaco em função da falta de mão de obra e que na época, as fumageiras compravam muito mal o produto. Além disso, Sulzbach dispõe de pouca área para produzir tabaco, onde dos 8,3 hectares, seis são de mata nativa e com isso, tem que investir em culturas que demandam pouca área de terras, e o pepino é uma opção.

Sulzbach planta o pepino na safra, que vem colhendo agora e cuja produção se estenderá até meados de fevereiro e depois investe no safrinha. O produtor tenciona num futuro bem próximo investir na construção de estufas de plástico par produzir pepino no inverno e assim, ter uma renda a mais. Todo o pepino é produzido de forma suspensa, ou seja, é conduzido em fios de plástico, o que facilita o manejo e a colheita e além disso, evita que a fruta se suje quando chove. Sulzbach frisa que a cultura é de fácil condução, apenas exige muita umidade na raiz, porém, não gosta de muita umidade de manhã cedo e de muita chuva. “O excesso de umidade e a cerração provocam o aborto das flores e com isso, há uma queda na produtividade”, exemplifica.

Conforme dados fornecidos pelo escritório municipal da Emater/RS-Ascar, a cultura é produzida em escala comercial por 50 produtores de Venâncio Aires e ocupa uma área de 12 hectares. Já a produtividade média é de 365 toneladas por ano e deste total, 98% é absorvido pelas agroindústrias de conservas locais e 2% são destinados para as feiras e Ceasa em Porto Alegre. As agroindústrias de conservas locais que absorvem a produção são a Guterres, São João, Cecília, Janaína, Peiter e Coutinho. “A cultura do pepino tem sido uma alternativa nos últimos anos, principalmente pela existência das agroindústrias de conservas locais”, afirma o chefe do escritório municipal e engenheiro agrônomo Vicente Fin. No entanto, continua ele, a maior dificuldade tem sido as doenças aéreas (leandria/míldio) e nematóides nas raízes, principalmente nas áreas já usadas para o cultivo do tabaco e ainda o clomazone/gamit, que é um herbicida usada no tabaco e que afeta as lavouras do pepino do cedo. Fin orienta que é importante sempre o produtor buscar áreas que ainda não foram usadas para o tabaco ou mesmo por cucurbitáceas (melancia, melão, abóbora e moranga cabotiá, por exemplo). São culturas que apresentam o mesmo grupo de doenças, bem como, fazer a correção do solo e uma adubação rica em matéria orgânica com pelo menos 60 dias de antecedência à data prevista para o plantio.

Fonte: Folha do Mate

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