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Pecuária cede espaço à agricultura em Mato Grosso

A pecuária em Mato Grosso deve continuar cedendo área para a prática da agricultura


Publicado em: 05/09/2012 às 19:20hs

Pecuária cede espaço à agricultura em Mato Grosso

De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), se comparada à área destinada a soja na safra 10/11 (6,412 milhões de hectares) na safra 12/13 (7,890 milhões ha) haverá uma expansão de 23% na terra dedicada à cultura, e grande parte desse incremento é por espaços deixados pela pecuária.

O bom momento vivenciado pelas commodities nos últimos anos e vantagem econômica são apontados como principal fator para essa tendência. Conforme o analista de mercado do Imea, Cleber Noronha, o cenário é possível em função da grande viabilidade econômica que a soja e o milho vêm oferecendo aos agricultores, além que recuperar área deixada pela pecuária. “O ‘boom’ relacionado às commodities vem proporcionando esse cenário. No entanto, o custo dessas áreas ao produtor também influencia. Hoje o produtor gasta menos para recuperar uma área que era de pasto do que abrindo novas”, explica. Segundo o diretor-executivo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de MT (Famato), Seneri Kernbeis Paludo, mesmo diante dessa realidade, o Estado não perderá em quantidade de rebanho. Conforme ele, a produção de carne bovina que será mais tecnificada no Estado proporcionará números até maiores.

A média atual nacional de produtividade está em 3,64 arrobas/hectare/ano. Há produtores que alcançam produtividade de 8 arrobas por hectare ao ano, com um projeto de pastagem irrigada, conforme Paludo. Segundo ele, o semiconfinamento (suplementação da alimentação dos bois de pasto) está crescendo e vai continuar a aumentar.

De acordo com o representante do Imea, as regiões que apresentam como for te a pecuária são as que mais têm expandido em área sem perder rebanho e produtividade. A região nordeste do Estado, por exemplo, viu a área dedicada a soja aumentar em 48% da safra 10/11 para a 12/13. “Apesar desse incremento na área, que deve ser grande parte das deixadas pela pecuária, a região continua ter a pecuária como forte”, aponta.

A Famato, juntamente com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea-MT), divulgará, na semana que vem, um estudo com 200 produtores, para saber mais detalhes sobre a área que a pecuária está cedendo para a agricultura.

Fonte: Folha do Estado

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