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Motivar à diversificação de culturas

Agricultores e pesquisadores trocam experiências e conhecem a BRS Rainha


Publicado em: 10/12/2012 às 09:30hs

Motivar à diversificação de culturas

A Estação Experimental Cascata (EEC) da Embrapa Clima Temperado, nesta quinta-feira (6/12), foi local de troca de conhecimentos para cerca de 250 agricultores familiares de diversas localidades do Estado. O dia de campo Alternativas para Diversificação da Agricultura Familiar, com oito estações demonstrativas, tratou de apresentar o que há de mais recente em estudos que atendam formatos tecnológicos agrosustentáveis. A Estação é referência em trabalhos da Agricultura Familiar e Agroecologia dentro da Empresa.

As atividades foram iniciadas com as boas vindas do chefe geral, Clenio Pillon, que destacou sobre a importância de diversificar a produção e a renda dos agricultores. O coordenador técnico da EEC, Carlos Alberto Medeiros, comentou sobre a tradição deste evento acontecer em dezembro voltado ao público de agricultores familiares. “Nossa preocupação está no encaminhamento das propriedades de agricultura familiar com monoculturas. O tabaco é uma cultura muito forte no sistema agrícola. Esse dia de campo vem acelerar a diversificação, que está se perdendo ao longo dos tempos”, comentou Medeiros.

Para o estudante de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Cleiton Wartha o dia de campo foi para adquirir conhecimento e atualizar-se quanto as pesquisas voltadas ao público da Agricultura Familiar. Já, o agricultor de Vera Cruz/RS Eledor Ebert, “é uma oportunidade para diversificarmos nossas plantações e sabermos as variedades corretas que devemos plantar".       

Lançamento

O dia de campo para motivar os agricultores familiares à diversificação na propriedade contou com o lançamento de uma opção de cultura: os citros. A bergamota BRS Rainha, foi lançada junto ao segmento, possuindo um valor alto de mercado. “Mesmo produzindo pouco, o agricultor tendo um pomar pequeno, ele garantirá uma boa renda”, lembrou o pesquisador Roberto Pedroso, responsável pela cultivar.

Segundo Roberto Pedroso a nova bergamota chama a atenção por ser de qualidade tardia, isto é, se desenvolve até o mês de novembro, o que confirma a agregação de mais renda. “O rendimento dela é de 23 toneladas/ha/ ano; o agricultor investe cerca de 0,70 centavos para produzí-la e pode comercializá-la por 1,50 kilo”, revelou. 

A BRS Rainha é uma tangerineira do grupo das bergamoteiras Citrus deliciosa Tenore, tendo sido selecionada a partir de populações de plantas denominadas pelos agricultores de Bergamota São José, Bergamota Folha Larga, Bergamota Bicuda, Bergamota Sem Raleio e Bergamota Rainha, derivadas, provavelmente, de mutações espontâneas de gema da cultivar Montenegrina. Ela é fácil de descascar, possui sementes e um porte grande.

O período de colheita acontece entre agosto e novembro, podendo ser antecipada ou retardada em função das temperaturas médias da região de cultivo. Quando colhidos, os frutos podem ser conservados por mais de um mês, sob condições controladas de refrigeração. “Como a cultivar está sendo desenvolvida neste momento, as suas frutas poderão ser degustadas daqui uns três anos”, explicou. Mas, os agricultores interessados em obter suas mudas podem ser obtidos com os viveiristas licenciados pela unidades de pesquisa da Embrapa Clima Temperado e Produtos e Mercado. As borbulhas podem ser adquiridas no Escritório de Negócios de Capão do Leão/RS pelo telefone (053) 3275-9199.

Fonte: Embrapa Clima Temperado

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