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Manejo integrado para algodão rentável

Controle de pragas e fertilização apropriada do solo propiciam alta produção por planta e maior retorno econômico


Publicado em: 10/04/2012 às 15:10hs

Manejo integrado para algodão rentável

A colheita do algodão exige alguns cuidados de manejo para garantir a qualidade final do produto. Esses cuidados, na verdade, começam antes da hora de colher e, entre eles, está a aplicação de desfolhantes. No entanto, ao longo do processo, o produtor rural deve ter atenção também com pragas, como os pulgões e o bicudo. Já ao final do processo, o armazenamento, no caso de pequenos produtores, também exige cuidados. Segundo Carlos Alberto Domingues, entomologista da Embrapa Algodão, a colheita deve ser feita assim que a maior parte dos capulhos estiver aberta.

Logicamente, em lavouras de colheita mecanizada, um pouco antes da colheita, é feita a aplicação com desfolhante para facilitar a colheita e reduzir as impurezas na pluma de algodão — afirma o entomologista.

De acordo com ele, antes da colheita, o produtor deve seguir o programa de manejo integrado de pragas. Isso porque ao controlar as pragas adequadamente e fazer uma fertilização de solo apropriada, ele terá uma alta produção por planta, o que vai permitir o retorno econômico.

Com relação às pragas, é importante ter cuidado principalmente com insetos sugadores, como a mosca branca e os pulgões. Muitas vezes, o ataque deles está associado à produção de Honeydew, uma substância açucarada. Essa substância, principalmente em regiões de clima semi-árido, pode comprometer a fiação porque forma açúcares na fibra. No entanto, não podemos esquecer as outras pragas que atacam a lavoura, como o bicudo, que também deve ser controlado — orienta Domingues.

Muitos produtores do Estado do Mato Grosso, que hoje é o maior produtor de algodão do Brasil, têm plantado em sistema adensado, como conta o entomologista. Ele diz que esse tipo de sistema de cultivo do algodão deve ser feito com colheitadeiras específicas.

Muitas vezes, esse sistema de algodão adensado faz com que a colheita tenha muitas impurezas na pluma. Então, como esse ainda é um sistema novo, acreditamos que o ideal é o produtor plantar no sistema convencional, no espaçamento de 80cm entre linhas, com 9 ou 10 plantas na linha. Além disso, antes da colheita, deve-se fazer o desfolhamento da cultura — explica.

Já em pequenas lavouras, ele lembra que a colheita é feita manualmente. Nesse caso, deve-se evitar ensacar a pluma de algodão em saco de vinil ou plástico, pois a fibra sintética pode se misturar com a fibra do algodão, o que acaba por depreciar a fibra colhida. Portanto, deve-se utilizar sacos de algodão para evitar esse problema. Já quando o assunto é limpeza, as máquinas colheitadeiras já têm dispositivos que fazem uma limpeza prévia da pluma do algodão.

No sistema de tubulação, existe um equipamento que separa essas impurezas. Logicamente, no sistema comum de colheita mecanizada, a pluma sai bastante limpa. No entanto, no sistema adensado, mesmo com os limpadores, acaba havendo um excesso de sujeira — afirma.

Para Domingues, durante o transporte, é importante verificar se a carreta que transporta a pluma está bem vedada para evitar a queda e a dispersão involuntária de sementes ao longo das pistas e rodovias, que acabam virando fonte de inóculos para pragas. Já na colheita de pequenos produtores, deve-se ter um armazém seco para evitar que a chuva molhe a fibra do algodão.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Algodão através do número (83) 3182-4300.

Fonte: Portal Dia de Campo

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