Apenas 25% das embalagens de agrotóxicos vazias recolhidas pelos produtores de Mato Grosso foram destinadas para reciclagem ou incineradas. Dificuldades na logística impedem a retirada dos produtos das centrais de recebimento do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev). No primeiro mês de 2013 foram recicladas 557 toneladas de embalagens vazias. Mas restam 1,6 mil toneladas para ser tirada dos armazéns, considerando um total de 2 mil tonelada deixadas pelos produtores mato-grossenses.

A coordenadora regional de operações do inpEV - MT, Rosangela Gomes Soto, explica que a péssima condições das estradas e o aumento no custo do preço frete dificultam o escoamento das embalagens. Ela ressalta que os produtores estão fazendo a sua parte de recolher os produtos do campo e levá-los para alguma central de recebimento.

"Notamos um aumento de 8% no volume recolhido em janeiro deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, que foi de 1,8 mil toneladas". Para este ano, a estimativa é que sejam recolhidos 9,5 mil toneladas de embalagens vazias. Se confirmado, o volume representará um incremento de 9% em relação ao recolhimento de 2012, de 8,7 mil toneladas. Em todo o país, a expectativa é destinar de forma ambientalmente adequada 40 mil toneladas de embalagens em 2013. Mato Grosso lidera no recebimento de embalagens vazias.

Novas unidades - O Inpev deve lançar neste ano, em Mato Grosso, mais quatro unidades de recebimento de embalagens vazias. As centrais estarão localizadas nos municípios de Nova Monte Verde, Juara, Gaucha do Norte e São José do Xingu. "Isso é para atender os produtores de regiões que ainda não têm estabelecimentos suficientes para recolher os produtos", explica a coordenadora regional de operações do inpEV - MT, Rosangela Gomes Soto. Por enquanto, no total, somam 15 centrais e 15 postos de recebimento.