Na relação, estão ainda Paraná, com 19,3% de participação e Rio Grande do Sul, com 12,5% (juntos, os Estados somam 54,9% do total nacional). Conforme o estudo, a estimativa da produção brasileira para março é de 158,6 milhões de toneladas, registrando variação de 0,7% (157,5 milhões de toneladas) entre março e fevereiro deste ano. Em relação a safra de 2011, a diferença é de - 0,9% (160,1 milhões/t).

A segunda safra do milho está entre as produções que registraram alta neste novo levantamento. O IBGE identificou acréscimo de 6,1% na área plantada nacionalmente, 2,8% no rendimento médio e 9,0% na produção quando comparado com fevereiro. Mato Grosso, que detém 37,6% na participação sendo o maior produtor nacional, registrou aumento de 10,7% na área plantada em relação a estimativa anterior, devido ao bom preço do produto e a maior janela de plantio em relação ao ano anterior oportunizada pelo período chuvoso (dentro da média histórica). A produção (em toneladas) no referido Estado deve variar 15% ante a previsão de fevereiro. Contando com a primeira safra, a produção do milho deve alcançar no país 66 milhões/t (superior 4,3% em relação a última publicação).

Outro cenário de crescimento em que Mato Grosso está presente é o da segunda safra do feijão (em grão). A produção esperada no país é 3,1% superior do que a estimativa de fevereiro, alcançando 1.397.398 toneladas. O acréscimo é decorrente da ampliação na área plantada no Paraná - maior produtor nacional -, Minas Gerais, Mato Grosso (incremento de 21,7% na área) e Goiás (20,2%). Para Mato Grosso, a expectativa de aumento da produção é de 20,1%.

Por outro lado, a projeção é de queda na produção de soja. Segundo o estudo, o estimado para o grão em 2012 (66,6 milhões de toneladas) é 1,8% menor que em fevereiro, embora a área colhida no país (24.741.470 ha) registre aumento de 0,7%. O rendimento médio esperado (2.692 kg/ha) registra uma queda de 2,5%. A principal causa é o decréscimo na produção é a condição climática, que se mostrou desfavorável na região Sul.

Mato Grosso, também principal produtor nacional ( 32,7% do total), está entre os responsáveis pela redução dos números nacionais. Segundo o levantamento, no Estado houve a menor avaliação de rendimento médio (1,4%), agora estimado em 3.133 kg/ha. Entre os motivos, está o período de plantio, que não possibilitou que a cultura fosse plantada na época mais recomendada pela pesquisa estadual (15 de outubro a 15 de novembro) e sim, de forma percorre, tendo como resultado a não obtenção de valores de produtividade tão elevados como na safra passada. O excesso de chuvas durante o período produtivo, principalmente no médio Norte e Norte do Estado, proporcionou a origem de muitos focos de ferrugem asiática, o que também influenciou na queda das projeções.

O estudo apresenta ainda análises nas produções de arroz, café, amendoim, batata, cana-de-açúcar e o outros. Nacionalmente, o Centro-Oeste tem a maior participação na produção brasileira, com 39,6% do total, atingindo 62,8 milhões de toneladas. Sul, 56,5 milhões de toneladas (35,6%); Sudeste, com 18,4 milhões (11,6%) ; Nordeste, 16,4 milhões de toneladas (10,4%) e Norte, 4,5 milhões (2,8%). Comparativamente à safra passada, houve incrementos nas regiões Nordeste (12,5%), Sudeste (7,1%), Norte (2,3%) e Centro-Oeste (12,0%). Na região Sul, houve queda de 16,8%.