Publicado em: 08/03/2012 às 12:00hs
“A discusão foi fomentada pela Câmara Setorial da Mandioca, que é um excelente espaço para o diálogo entre a estrutura governamental e os produtores”, destaca o pesquisador Carlos Estevão Cardoso, da Embrapa Mandioca e Fruticultura, que também é consultor da Câmara.
De acordo com o coordenador da área de Agrotóxicos e Afins do Mapa, Luís Eduardo Rangel, a cultura da mandioca já possui uma serie de produtos registrados. A maioria é de herbicidas. “O curioso é que o herbicida mais famoso e mais vendido do Brasil (glifosato) não está autorizado para a mandioca”, explica.
O coordenador lembra que o pedido de registro se enquadra nas normas para culturas com baixo suporte fitossanitário, aquelas para as quais falta ou há número reduzido de agrotóxicos e afins registrados. Este grupo é denominado Minor Crops. “O trabalho de registro de agrotóxicos para uso nessas culturas terá mais ênfase na aprovação de inseticidas e fungicidas”, destaca.
Luís Rangel também concorda que a discussão levantada pela Câmara Setorial foi responsável por despertar o interesse de algumas empresas no registro. Ele avalia que esse processo envolvendo o glifosato para a mandioca deverá entrar no modelo de prioridade dos Minor crops no governo federal.
Entre os grupos de cultivo envolvidos nessa área estão frutas com casca comestíveis e não comestíveis, raízes, hortaliças folhosas e não folhosas (tomate, pepino, pimentão), leguminosas, oleaginosas, nozes e palmáceas (coco). A maioria dos pedidos de cooperativas e associações tem se concentrado em produtos para mandioca, melão, maracujá e morango.
Fonte: Mapa - Ministéria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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