Publicado em: 26/04/2012 às 13:00hs
Os efeitos da crise econômica agravada em países da zona do Euro deverão refletir na Agrishow deste ano. "O impacto é inevitável", diz o presidente da feira, Maurílio Biagi Filho.
Apesar dos reflexos das turbulências, a Agrishow esbanja vitalidade porque a maioria das vendas de máquinas, implementos e de serviços é focada nas próximas safras. "E o cenário para grãos como soja e milho está muito positivo", comenta Biagi Filho. "Daí a previsão de negócios da ordem de R$ 2 bilhões".
Não fosse a situação econômica principalmente na Europa, e a projeção de vendas por conta da feira de Ribeirão Preto seria maior. O governo federal fez sua parte junto à cadeia do agronegócio. Ao anunciar o pacote de medidas de incentivo para a indústria, no começo de abril, o Executivo estendeu para o fim de 2013 a vigência do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
O PSI é linha de financiamento do BNDES para compra de caminhões agora em taxas anuais de 7,7%, e para aquisição de máquinas agrícolas agora a 5,5% ao ano.
Além do PSI, outro motivo de otimismo para a Agrishow deste ano é que o Plano Safra 2012/2013 deverá ser lançado entre junho e julho.
O setor produtivo avalia que o Plano possa conter novas medidas de incentivo. Sendo assim, o agricultor vem à feira, confere equipamentos, e consolida a aquisição depois com o mesmo expositor.
Logística deve ser melhor
Para Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), uma das realizadoras da Agrishow, que ele presidiu até 2011, o sucesso do agronegócio também depende de vontade política.
Essa vontade, exemplifica, pode melhorar a logística do País. "A soja hoje é a maior commodity brasileira e temos áreas de cultivo a dois mil quilômetros de distância dos portos".
Condições
Ramalho também destaca o "mercado imenso para o milho brasileiro", com condições de se tornar a principal cultura do País. Fonte de alimentação humana e animal, o grão tende a ter a demanda mundial aquecida.
Fonte: A Cidade
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