Publicado em: 25/03/2013 às 10:00hs
"Temos uma preocupação séria com o clima e até quarta estávamos com a pulga atrás da orelha", afirma Francisco Carlos Simioni, diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), da secretaria estadual do Abastecimento. Choveu acima da média no Estado em fevereiro e março e a preocupação maior é com a colheita da região centro-sul, feita mais tarde. No caso do milho, enquanto no oeste 85% da produção já foi colhida, no centro-sul a porcentagem é de 35%; no Norte Pioneiro, chega a 45%.
Qualidade - "Não há como falar em prejuízo ainda e não houve perda de produtividade, mas pode haver impacto na qualidade", explica Simioni. Outra consequência é o atraso no plantio da safrinha de milho. "O escape seria plantar trigo", diz.
Soja - No caso da soja a colheita está avançada, mas há trabalho a ser feito. Em Campo Mourão, no noroeste, região que mais planta o grão no Estado, 95% está colhido. Em Guarapuava, no centro-sul, porém, 20% foi colhido e, conforme Simioni, o percentual deveria ter chegado a 40%.
Janela - Na quarta-feira, a Climatempo informou que o excesso de chuva estava afetando a colheita paranaense. Alexandre Nascimento, da Climatempo, diz que haverá chuvas regulares por mais um mês, mas agora uma janela de dez dias vai permitir que o trabalho seja colocado em dia.
Paranaguá - Em Paranaguá, o carregamento de navios só acontece sem chuva. Desde o início de janeiro até terça-feira foram registrados 27 dias, 6 horas e 24 minutos de paralisações em função do mau tempo, o dobro do tempo que o terminal ficou parado em igual período de 2012. Segundo a direção do porto, poderia ter sido embarcado o dobro do volume.
Fila - No primeiro bimestre passaram pelo corredor de exportação 2 milhões de toneladas de grãos - 942 mil de milho, 512 mil de soja, 543 mil de farelo de soja e 31 mil de trigo -, mesmo patamar de igual período de 2012, mas as exportações de milho subiram 288%. Nesta quinta havia 76 navios na fila para embarque de grãos, quatro com carga total negociada. E não havia fila de caminhões.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA DA OCEPAR/SESCOOP-PR
◄ Leia outras notícias