Segundo o setor produtivo, a tendência é que a cultura cresça ainda mais no Estado, entretanto, é para isso é preciso que o produtor a enxergue como uma alternativa para segunda safra, além do milho. Os dados são da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), divulgados na última semana. Conforme a Companhia, a atual produção é ainda superior a de agosto, quando a perspectiva era de 69,2 mil t. A área mato-grossense saltou 18% de um ciclo para o outro, mais precisamente de 39,9 mil hectares para 47,1 mil. Já a produtividade de 1.228 quilos por hectare para 1.686 quilos, alta de 37,3%. Ao se analisar os dados brasileiros, a área nacional é de 74,2 mil hectares e a produtividade 1.565 quilos por hectare, crescendo apenas 11,7% e 25,2%, respectivamente, em relação à safra 2010/2011.

“Há tendência para ampliar mais e as entidades estão incentivando isso para que não fiquem apenas no milho como uma alternativa de 2ª safra. É preciso que busquem outras culturas para garantir rentabilidade. E se der problema no milho?”, pergunta o diretor administrativo e financeiro da Famato, Nelson Piccoli.

Segundo o diretor da Famato, o consumo tanto de óleo de girassol como de seu farelo para ração aos poucos têm crescido. Ele comenta ainda que as maiores lavouras estão em Primavera do Leste e Campo Novo dos Parecis. “Esse aumento do consumo serve também como um impulso para que a produção de girassol venha crescer ainda mais em Mato Grosso”, salienta Piccoli.

Brasil - O Brasil deverá produzir 116,1 mil toneladas de girassol, volume 39,7% superior as 83,1 mil toneladas da safra 2010/2011. O Centro-Oeste é responsável por 104,2 mil toneladas com seus 62,8% de acréscimos na safra 2011/2012.

Além de Mato Grosso, Goiás é o segundo maior produtor de girassol com 18,8 mil toneladas. O Estado vizinho teve alta de 111,2% frente o ciclo 2010/2011, quando colheu 8,9 mil toneladas.