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Frutas e hortaliças 15% mais caras no PR

Entressafra e clima frio e chuvoso prejudicam a produção de alimentos e provocam queda na oferta. Nos supermercados, preços variam até 220%


Publicado em: 13/07/2012 às 18:10hs

Frutas e hortaliças 15% mais caras no PR

Comer bem está mais caro: nesta semana, o preço dos hortifrutigranjeiros ficou 15,46% maior que na semana passada. A informação é das Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa-PR).

De acordo com pesquisa realizada pela Divisão Técnica Econômica da Ceasa, as fortes chuvas registradas em junho comprometeram tanto o volume quanto a qualidade dos produtos vindos das regiões produtoras próximas à capital. Segundo informações do Instituto Tecnológico Simepar, foi o mês de junho mais chuvoso desde 1997.

A maior alta foi a da couve-flor, que subiu 108,33%. Além das chuvas, o frio também foi vilão. “O frio atrapalha o crescimento da planta. Se você reparar, no verão, o ciclo de desenvolvimento é bem mais rápido. No inverno, demora mais. Então, a oferta diminuiu bastante, fazendo com que o preço aumentasse”, explica Valério Borba, diretor-técnico da Ceasa.

Além da couve-flor, também tiveram alta a cenoura (52,17%), o pimentão verde (64,71%) e o tomate (58,33%). Nesses casos, o motivo é a falta dos produtos na região, seja devido à entressafra – no caso do tomate – ou insuficiência da produção local – como o pimentão. Como os produtos precisam ser transferidos de outros estados, o custo do frete acaba tornando-os mais caros. A cenoura, por exemplo, vem de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. O tomate, por estar na entressafra, tem toda a sua oferta importada de outros estados para suprir a demanda local.

Subiram ainda os preços da beterraba (33,33%), do chuchu (25%), da batata salsa (14,29%) e da cebola pêra nacional (12%). Entre as frutas, estão mais caros o mamão comum (4,17%), a melancia (16,67%) e a uva niá­gara rosada (5,88%).

Apesar das altas, ainda há boas opções de compra. Muitos itens baixaram de preço e outros estão se mantendo estáveis em relação à última semana.

Segundo informações da Ceasa, os produtos que estão com preços mais baixos são abóbora seca (-16,67%), abobrinha verde (-14,29%), aipim (-13,04%), alface crespa (-10%), batata comum lavada (-5%), pepino salada (-14,29%), melão amarelo grande (-10%) e tangerina poncã (-11,11%).

Consumidor consciente

“Com relação ao tomate, acho que o preço chegou ao limite”, afirma Valério Borba. Para o diretor da Ceasa, a alta não se sustenta por muito tempo. “As pessoas deixam de comprar o que está mais caro ou compram em menor quantidade”, diz.

Nos supermercados, é preciso ficar atento, já que a diferença de preço é grande (veja no quadro acima). Muitos produtos dobram de valor, dependendo de onde se compra, enquanto outros podem até triplicar.

Saída pode estar no quintal de casa

“Tudo está mais caro!”, diz Tânia Mara da Silva Ferreira, moradora de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, em um supermercado da capital paranaense. Na lista da recepcionista, os itens mais comuns de uma boa compra: cebola, tomate, alface, pepino, brócolis, couve-flor, pimentão, banana, laranja, maçã, uva, mamão, entre outros.

“O tomate antes era R$ 2 o quilo, agora paguei R$ 4. E isso que lá em Colombo é mais barato que em Curitiba”, conta. Para ela, alguns itens são indispensáveis. Outros, às vezes, vão para casa em menor quantidade.

Como mora em casa, Tânia conta que ela e o marido aproveitaram o espaço para plantar algumas verduras. Na horta, a família cultiva couve, cheiro verde, mandioca, berinjela, pepino, quiabo, milho verde, alface e abobrinha. Ela garante: “é bem melhor”. Além da boa qualidade, aproveitar o quintal de casa ajuda a economizar: se fosse comprar um quilo de cada item por mês, seriam cerca de R$ 20 a mais no mercado – em um ano, algo em torno de R$ 240.

Fonte: Gazeta do Povo

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