Publicado em: 06/01/2012 às 12:20hs
Atualmente, segundo a Defesa Civil Estadual, a estiagem afeta 346.569 moradores em 37 municípios que decretaram situação de emergência. No campo, os prejuízos chegam a 400 milhões. Segundo previsões da Epagri, a seca deve seguir até o mês de fevereiro.
“A situação está produzindo efeitos colaterais não somente ao produtor, mas também naqueles que não sofrem diretamente com a seca. Percebemos alterações no preço do suíno, das aves e de insumos como o milho, trigo e a soja internacional, o que tira a rentabilidade de toda a cadeia produtiva de carnes”, destaca o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri.
Os prejuízos decorrem do aumento do custo de produção dos suínos e aves, redução do peso médio dos planteis e perda de insumos – especialmente pelo aumento do preço do milho – principal insumo utilizado nas rações. Somente nesta cultura, as perdas somam 40% da produção nas regiões atingidas no Estado. Considerado um dos cereais mais importantes do mundo e o principal insumo das cadeias produtivas de aves e suínos, o cereal penalizou as agroindústrias com a escassez em 2011. A situação obrigou o setor agroindustrial catarinense a adquirir maiores quantidades na safra e safrinha do milho de outros Estados brasileiros, além de importar o grão para suprir a demanda interna. “A estiagem agrava o quadro, provocando necessidade de buscar maiores quantidades do grão em outras regiões”.
Em São Miguel do Oeste, os prejuízos chegam a 70% no feijão e entre 25 e 40% na produção de leite. Em Chapecó, 40% da produção de leite também está comprometida. A ausência de chuva afeta diretamente a qualidade do pasto, principal fonte de alimento do rebanho e essencial para engorda dos animais para o abate. "Além de prejudicar produtor e agroindústria, afetará o consumidor final que vai pagar por isso no momento da compra dos produtos no supermercado”, relata Barbieri.
Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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