Os dados são da primeira previsão de safra da Faeg e foram anunciados nessa segunda-feira (01), em Goiânia, em uma coletiva de imprensa. Dessa forma, Goiás se mantem na quarta posição do ranking nacional de produção da oleaginosa, atrás somente de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. A próxima safra, que se inicia nos próximos dias, será marcada pela chegada do período chuvoso. Também termina nesta segunda-feira o prazo para o vazio sanitário da soja em Goiás.

Esse crescimento será puxado, principalmente, pela produção de soja. A estimativa é que sejam colhidas nove milhões de toneladas do produto – um milhão de tonelada a mais que o registrado na safra anterior. Em relação ao milho, a expectativa é de que a produção se mantenha no nível da safra passada, com resultado superior a 8,5 milhões de toneladas, somando a 1ª e 2ª safras. A expectativa é que na primeira safra de milho, Goiás colha quase quatro milhões de toneladas e na 2ª safra (conhecida como safrinha) o resultado seja de mais de 4,7 milhões de toneladas.

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, este aumento da produção, marcado pelo baixo crescimento das áreas representa mais investimentos por parte do produtor em tecnologias o que possibilitou um aumento da produtividade e, consequentemente, da produção, sem a abertura de novas áreas. “Conseguimos colher mais em uma menor área. É o resultado do investimento em tecnologia de produção e de ampliação da profissionalização do agricultor”, explica.

José Mário relembra que na safra 2007/2008, o estado produzia 3,7 mil quilos de cereais por hectare. Nesta safra que está sendo plantada, o índice chegará a 4,2 mil quilos de cereais por hectare. Um crescimento de produtividade de 22%. Ele explica que ampliando produtividade, o setor consegue garantir uma oferta segura de matéria-prima para as indústrias de alimentos do Estado e para a pecuária goiana. Outros fatores positivos que o presidente da Faeg destaca são a reposição dos estoques mundiais de alimento, o controle inflacionário devido a quantidade de alimentos estocados, as exportações e geração de emprego.