Publicado em: 31/10/2024 às 11:30hs
A 74ª Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, realizada nesta quarta-feira, 30 de outubro, reuniu representantes do setor em um encontro híbrido promovido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Entre os temas abordados, destacou-se a projeção otimista para as exportações de tabaco em 2024, que podem ultrapassar a marca dos US$ 3 bilhões.
Romeu Schneider, presidente da Câmara, deu as boas-vindas a Valmor Thesing, novo presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), que assume a gestão 2024-2027 em cerimônia no dia 8 de novembro em Santa Cruz do Sul (RS). Durante a reunião, Thesing trouxe atualizações sobre as exportações do setor, destacando que, segundo a consultoria Deloitte, a tendência é de redução no volume exportado, entre 10% e 15%, mas com um aumento no valor, estimado entre 20% e 25%, refletindo a força do sistema integrado de produção.
Dados recentes do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC/ComexStat) apontam que, entre janeiro e setembro, o Brasil exportou 316 mil toneladas de tabaco, uma queda de 14% em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, o valor dessas exportações foi de US$ 2,03 bilhões, uma alta de 3,44% em comparação ao ano anterior. Os principais destinos incluem Bélgica, China, Estados Unidos, Indonésia e Egito. Em 2023, o Brasil exportou um total de 512 mil toneladas de tabaco, gerando US$ 2,729 bilhões em receita, com destaque para a União Europeia, que representou 42% das compras.
O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Drescher, compartilhou dados da safra 2023/2024 e perspectivas para 2024/2025. A última safra envolveu 133 mil famílias no Sul do Brasil, um aumento de 6,62% em relação ao ciclo anterior. A área plantada também cresceu, com um total de 284.184 hectares, um acréscimo de 8,57%, impulsionado pelo bom preço pago aos produtores. “Com a remuneração média mais atrativa, houve maior adesão ao cultivo e expansão de área”, afirmou Drescher.
O excesso de chuvas impactou a safra 2023/2024, reduzindo o volume final para 508.041 toneladas, uma queda de 16,12% em relação à safra anterior. Essa diminuição de oferta também elevou o preço médio do tabaco em aproximadamente 28%. “Atualmente, o cultivo está se encerrando, e o aumento de área deve se manter em função da remuneração mais vantajosa,” comentou Drescher, que também estima para novembro uma previsão consolidada sobre a área plantada e o número de famílias envolvidas na safra 2024/2025, já com 8,5% da produção colhida.
Para 2025, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco definiu o calendário de reuniões: 10 de abril, em Cachoeira (BA); 16 de julho e 29 de outubro, ambos em formato híbrido.
Fonte: Portal do Agronegócio
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