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EXPEDIÇÃO SAFRA: Estoques prometem impor limite às baixas e reanimar cotações

Os Estados Unidos assumiram na última semana que possuem menos milho e soja do que se pensava


Publicado em: 15/01/2013 às 20:30hs

EXPEDIÇÃO SAFRA: Estoques prometem impor limite às baixas e reanimar cotações

No caso do cereal, carro-chefe da agricultura norte-americana, as exportações de 2012/13 (set/ago) foram reduzidas em 17,4%, conforme relatório do Departamento de Agricultura (Usda), que corrigiu os números de dezembro.

Estoques físicos - Nessa nova bateria de estimativas, o Usda divulgou relatório trimestral de estoques físicos, que contabilizou apenas 53,5 mil toneladas de soja disponíveis (descontando estoque das propriedades e da indústria). Houve redução de 17% na comparação com dezembro de 2011.

Indício - Esses números seriam indício de que existe limite para o recuo nas cotações, avaliaram os especialistas. As oscilações e baixas são consideradas respostas de curto prazo. Para o mercado internacional, Brasil e Argentina estão sendo beneficiados pelo clima e devem colher safra recorde, “aliviando assim a pressão da constante demanda mundial por estas commodities”, considera Pedro Dejneka, da PHDerivativos.

 Correções  - As correções do Usda nos números sobre a safra norte-americana causam forte pressão, apesar de o mercado depender neste momento da colheita sul-americana. “O Usda adicionou ‘praticamente um Paraguay’ no balanço norte-americano de soja desde o relatório de setembro, ou 9 milhões de toneladas”, reforça Djneka.

 Safra sul-americana  - Em sua avaliação, se a safra sul-americana de soja ficar acima de 145 milhões de toneladas, os preços seguirão os patamares atuais; se ficar abaixo de 140 milhões de toneladas, o bushel vai se reaproximar dos picos históricos atingidos no ano passado, voltando à casa de US$ 16.

 Argentina  - Para Aedson Pereira, analista da Informa Economics, a grande incógnita é a Argentina. O Usda sustenta previsão de 54 milhões de toneladas para o país sul-americano num momento de indefinição. As vendas antecipadas são um ponto chave, considera. Enquanto o Brasil já teria vendido 40 milhões das 82 milhões de toneladas de soja que espera colher, a Argentina negociou apenas 10 milhões. Ou seja, tem perto de 40 milhões para vender (80%). “O índice de comercialização preocupa. Os produtores foram muito cautelosos por causa da preocupação com o atraso no plantio. Isso tende a concentrar a oferta num período curto e gera pressão sobre os preços”, explica.

Fonte: Gazeta do Povo

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