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Em ano de chuva duvidosa, arenito valoriza integração

Onde lavouras e pastagens se revezam com equilíbrio, pode até chover menos que a produção rende bem


Publicado em: 28/01/2013 às 15:40hs

Em ano de chuva duvidosa, arenito valoriza integração

A região mais sensível à seca do Paraná, no Noroeste, se apoia na integração lavoura-pecuária nesta temporada. Na região de Umuarama, a Expedição Safra conferiu que, se as áreas que acumulam a palhada das pastagens fossem mais comuns, as consequências da falta de chuva seriam menos importantes, e a produtividade poderia chegar perto da atingida nos solos mais férteis do estado.

A soja não exige tanta água ou argila como o milho. Em Cidade Gaúcha, um mar de cana-de-açúcar, a integração lavoura-pecuária está chegando e, para os produtores, a soja é uma descoberta, apesar de ter sempre estado por perto. Com 120 hectares, o pecuarista Luiz Fernando Ehlers aposta numa mudança drástica e dedicou 27 hectares à soja. ”Se soubesse, teria começado antes”, relata o produtor, que já decidiu ampliar a área de integração lavoura pecuária.

O agrônomo da cooperativa cooperativa Cocamar Valdecir Messias, que presta assistência técnica na região, conta que a integração não é uma estratégia de expansão do cultivo de grãos, mas uma tábua de salvação para a pecuária, que perde sustentabilidade quando não há renovação das pastagens. O cultivo de soja exige 700 quilos de adubo por alqueire (290 kg por hectare) e, depois de dois verões, deixa o solo preparado para três anos de pastagem. A produtividade passa de 60 sacas por hectare nas melhores áreas.

Fonte: Gazeta do Povo

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