No próximo dia 22 de junho, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, entidade responsável pela destinação e reciclagem de embalagens vazias de agroquímicos, apresentará os resultados de estudo que levanta o impacto socioambiental do programa. Cerca de 95% dessas embalagens plásticas são recolhidas no pós-consumo e têm destinação correta no Brasil, que apresenta o melhor índice no mundo, à frente de países como Alemanha, Canadá, França e Estados Unidos. Após a devolução, boa parte dessas embalagens é reciclada, dando origem a outras embalagens desses produtos ou materiais para construção civil, em um modelo que caminha para ser autossustentável economicamente.

A apresentação do inpEV, que será feita pelo diretor-presidente do instituto, João Cesar M. Rando, se dará no Espaço das Ideias Circulantes, que faz parte do conceito Humanidade 2012, uma iniciativa da Fiesp, Sistema Firjan, Fundação Roberto Marinho, Sesi-Rio, Sesi-SP, Senai-Rio, Senai-SP, concebida para realçar o importante papel que o Brasil exerce hoje como um dos líderes globais no debate sobre o desenvolvimento sustentável.

O Sistema Campo Limpo

A prática de destinar corretamente as embalagens vazias de agroquímicos é obrigatória no Brasil desde 2002, quando entrou em vigor o Decreto 4.074/02, regulamentador das Leis Federais 9.974/00 e 7.802/89, que, construídas em conjunto com os diversos integrantes dessa cadeia,  determinou as responsabilidades compartilhadas entre agricultores, canais de distribuição/cooperativas, indústria e poder público quanto ao destino pós-consumo dessas embalagens, e originou o Sistema Campo limpo. Nesse mesmo ano, foram iniciadas as atividades do inpEV (www.inpev.org.br), responsável por viabilizar o recolhimento e destinação correta das embalagens vazias por meio do compartilhamento das responsabilidades.

Em funcionamento há 10 anos, esse sistema serviu de referência para a elaboração da Política Nacional de Resíduos Sólidos, modelo para a zona urbana e programas similares de gestão de diversos tipos de resíduos. De 2002 a maio de 2012, o Sistema Campo Limpo já retirou do meio ambiente mais de 200 mil toneladas de embalagens vazias de agroquímicos.

Participam desse programa 10 entidades representativas desse setor, 91 empresas fabricantes de defensivos agrícola que comercializam esses produtos para mais de 3.500 empresas (distribuidores e cooperativas) e para agricultores (5 milhões de propriedades rurais) em todo o país. Estes, por sua vez, após utilizar os defensivos agrícolas, devolvem suas embalagens vazias nas mais de 420 unidades de recebimento do sistema que são indicadas na nota fiscal de venda. Essas unidades são geridas por 267 associações de distribuidores e cooperativas; em muitos locais, com cogestão do inpEV.