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Copaaergs discute impacto da estiagem nas lavouras

Fevereiro foi o mês mais quente do último trimestre no Rio Grande do Sul, com temperaturas de até 36°C, enquanto março teve menos dias com chuva (seis a oito, dependendo da região)


Publicado em: 13/04/2012 às 18:10hs

Copaaergs discute impacto da estiagem nas lavouras

Os dados climáticos dos três primeiros meses do ano foram apresentados pela agrometeorologista Bernadete Radin, do Conselho Estadual de Meteorologia (CemetRS) na reunião do Copaaergs (Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul), na tarde desta quinta-feira (12), na sede da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), em Porto Alegre/RS.

A região de Bom Jesus teve mais dias de precipitação em janeiro e fevereiro, em contraste com Quaraí, onde choveu apenas dois dias em janeiro. Os volumes máximos diários de chuva oscilaram entre 20 e 60 milímetros, nos três meses. As informações confirmam a força da estiagem ocorrida no Rio Grande do Sul, especialmente na faixa Norte do Estado, onde choveu até 60 milímetros menos do que o esperado para o mês de março.

Conforme engenheiro agrônomo Dulphe Pinheiro Machado Neto, gerente técnico do Emater, o maior prejuízo deve se confirmar na cultura da soja, com perda prevista de 43,12% em relação à expectativa inicial de uma safra de 10,3 milhões de toneladas, o que deve resultar numa produção de 5,85 milhões de toneladas. No milho, a perda prevista é de 42,58% em relação à expectativa inicial de 5,3 milhões de toneladas (resultando em 3 milhões de toneladas). A região agrícola mais prejudicada pela seca foi o Norte e o Noroeste gaúcho.

Em relação ao arroz, os dados mais recentes obtidos pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apontam para uma diminuição prevista em cerca de 1 milhão de toneladas na produção deste ano, numa área semeada de 1,04 milhão de hectares. Essa queda na produção se deve, porém, muito mais à redução da área e ao atraso no plantio pelos produtores, segundo o engenheiro agrônomo Elio Marcolin, do IRGA, que também participou da reunião.

O prognóstico climático para os próximos meses aponta para uma retomada das chuvas a partir desse mês e um inverno não muito rigoroso, informou o meteorologista Solismar Prestes, do 8º Distrito de Meteorologia/Instituto Nacional de Meteorologia. Ele descartou a ocorrência do La Nina em 2012/2013. Ao final da reunião, os integrantes do Copaaergs vão elaborar um boletim de recomendações com base nas discussões ocorridas.

Fonte: Comunicação Social da Fepagro

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