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Colheita de milho e algodão deve cair no Brasil em 12/13

O milho vai perder espaço na safra total do período 2012/13 nas principais regiões produtoras do Brasil, segundo levantamento de intenções de plantio divulgado pela consultoria Safras & Mercado na sexta-feira (20)


Publicado em: 23/07/2012 às 09:20hs

Colheita de milho e algodão deve cair no Brasil em 12/13

A área total no país, incluindo a safra de verão e de inverno, foi estimada em 13,207 milhões de hectares, uma queda de 10,9 por cento contra o ano anterior.

O maior recuo na área ocorrerá na safra de verão, com queda de 14,2 por cento, para 5,08 milhões de hectares, com a soja ganhando área no centro-sul.

Assim, em condições normais de clima, o país deverá produzir 68,025 milhões de toneladas em 2012/13, contra um recorde de 72,437 milhões estimados na primeira e na segunda colheita de 2011/12, segundo a consultoria.

ALGODÃO

A Safras projeta redução de 20,3 por cento na área plantada com algodão no país na temporada 2012/13.

"Os preços baixos praticados no mercado doméstico de algodão pelo segundo ano consecutivo, em contraste com a alta ocorrida na soja e no milho, deverão reduzir a área cultivada", disse a consultoria, em nota.

O total a ser cultivado deve chegar a 1,107 milhão de hectares.

Com esta área e sem problemas climáticos, a produção estimada é de 1,670 milhão de toneladas de pluma, o que corresponde a uma retração de 9,8 por em relação à produção da safra 2011/12.

"O recuo só não é maior porque os cotonicultores, com altos investimentos em tecnologias destinadas ao cultivo de algodão, seguirão plantando", disse o analista da Safras, Elcio Bento, em nota.

Ao contrário dos grãos, que têm alta rentabilidade projetada para a próxima safra, no algodão a situação é oposta. Em Mato Grosso, por exemplo, a rentabilidade deve ser negativa em 10,3 por cento, segundo a safras.

No Estado do Mato Grosso, por exemplo, considerando-se os preços atuais, a produtividade da safra anterior e o custo de produção atual, enquanto soja e milho têm rentabilidade positiva de 43,4 por cento e de 20 por cento, respectivamente, para o algodão está negativa em 10,3 por cento.

"Estes números justificam a posição dos cotonicultores nacionais."

Fonte: Reuters

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