Publicado em: 24/07/2012 às 10:10hs
No primeiro dia, os visitantes foram produtores rurais das regionais da Cocari de Aquidaban, Itambé, Mandaguari, Marialva e Marilândia do Sul. Já no segundo dia foi a vez dos cooperados das regionais Cruzmaltina, Kaloré, São Pedro do Ivaí e Rio Branco do Ivaí conferirem as novas tecnologias e manejos para as culturas de milho e trigo.
Panorama da agricultura – Na abertura dos dois dias do evento, o presidente da Cocari, Vilmar Sebold, agradeceu a participação dos cooperados, representantes de empresas parceiras e pesquisadores, especialmente em um dia com neblina e temperaturas tão baixas na região de Mandaguari como as registradas na quarta-feira. “Agradecemos aos pesquisadores e ao Departamento Técnico, pois é por meio da pesquisa que se pode fazer a diferença e por isso que vocês saíram de casa em um dia como este, vindo atrás de novidades para agregar maior produção para os senhores cooperados”, frisou.
Ano diferente – Na ocasião, o presidente falou sobre o cenário da agricultura nos últimos meses, destacando as previsões de quebra de safra dos Estados Unidos em virtude da estiagem que afeta o país. “Estamos vivenciando um ano totalmente diferente do que vimos até hoje, com fatores que, provavelmente, irão mudar os patamares dos preços agrícolas para uma nova escalada, o que já aconteceu em 1988, depois voltou a ocorrer em 1998-1999 e agora novamente”, disse.
Seca severa – “A previsão climática nos Estados Unidos é extremamente preocupante, pois a seca já é a mais severa desde 1956. Seguramente faltará soja no mundo e os povos mais pobres do planeta, em especial na África, serão os mais atingidos nos próximos anos. A ONU já fala que mais de um bilhão de pessoas podem ter falta de comida”, declarou Sebold. Na sequência, o presidente destacou que os preços da soja e milho gerarão maior inflação, sendo que, neste momento, estão afetando mais seriamente a suinocultura, que corre o risco de ser inviabilizada no Brasil.
Reserva – Diante desse cenário, Vilmar Sebold deixou um conselho aos cooperados. “Nós temos de estar preparados para o mercado. Então, façam uma reserva nesse momento. É ano de vender de pouquinho, de vender picadinho o milho que vocês vão colher e que, se Deus quiser, nós vamos ter uma grande safra na nossa região, para buscar um preço médio porque a tendência é altista”, recomendou. “Cada um é dono da sua produção e é livre para buscar a melhor forma e a melhor opção para a comercialização, mas procurem manter um pouco daquilo que vão colher”, complementou Sebold.
Troca de experiências – O cooperado Milton Pedro da Silva, da regional Cruzmaltina, diz ter achado importante ouvir esclarecimentos sobre a situação do mercado internacional. “Se o presidente não tivesse falado eu não saberia como está o mercado. É importante participar de eventos como este porque além de aprender sobre plantio, a gente fica sabendo sobre o mercado. Aqui eu recebo informações e troco experiências com produtores de longe também”, revelou o cooperado.
Estandes – Durante o Dia de Campo, os produtores puderam conferir híbridos de milho, novas cultivares de trigo, forrageiras de inverno e controle químico de pragas e doenças. Foram instalados 22 estandes de empresas parceiras da Cocari para visitação dos cooperados no CTC, entre eles o estande do Departamento Técnico (Detec) da Cocari. Distribuídos em grupos, os produtores percorreram as estações conferindo as novidades apresentadas pelos representantes das empresas, pesquisadores e por integrantes do Detec. Ainda houve exposição de maquinários e implementos agrícolas.
Público feminino – Além de conferirem as novas tecnologias para a agricultura, no segundo dia do evento as mulheres também puderam assistir a uma palestra sobre a Influenza A (H1N1), sendo ministrada pelo médico do trabalho Dr. José Augusto da Cunha Grohmann, na Associação Atlética Cocari. Na palestra, Grohmann falou sobre formas de prevenção deste novo vírus de gripe, ressaltando a importância de cuidados simples, como lavar as mãos constantemente e o uso do álcool em gel, para diminuir a probabilidade do contágio da H1N1. A distribuição de um panfleto com informações sobre a doença também ajudou a tirar dúvidas.
Fonte: Imprensa Cocari
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