Publicado em: 06/08/2013 às 19:30hs
Eles confirmam que o quadro de neutralidade deve predominar até o final deste ano de Norte a Sul do país. Essa foi a mesma perspectiva lançada às vésperas do plantio de verão de 2012/13, uma safra de altos e baixos, marcada por novo recorde de produção graças à sorte dos principais estados produtores.
Prejuízos - O Rio Grande do Sul foi castigado no início do ciclo, com seca, granizo e temporais. No final, houve regiões seriamente prejudicadas por falta de chuva em Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Bahia e Piauí. No Paraná e em Mato Grosso houve apenas estiagens localizadas.
Medidas preventiva s - As regiões que sofreram com seca em 2012/13 começam a tomar medidas preventivas para reduzir impactos climáticos. Entre as alternativas, está a substituição do milho por soja, já confirmada na região central de Santa Catarina. Na Bahia, produtores que vinham ampliando a área de soja em zonas de risco colocam o pé no freio.
Alternância - A neutralidade climática remete à alternância de períodos de seca e de chuvas intensas – que nem sempre favorecem as regiões agrícolas. “Haverá curtos períodos com muita chuva e períodos maiores com pouca ou nenhuma precipitação”, avalia Luiz Renato Lazinski, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Ele explica que quando a situação é de neutralidade ou de La Niña (resfriamento das águas do Oceano Pacífico) há maior risco de quebras climáticas.
Plantio com chuva - Em 2012 essa condição prejudicou o início do plantio no Rio Grande do Sul, que sofreu com um período de estiagem seguido da incidência de chuvas de pedra. Marco Antonio Santos, da Somar Meteorologia, indica que o fato pode se repetir neste ano. “As frentes frias e massas de ar polar entram mais facilmente, o que favorece a ocorrência de granizo”. Em relação à umidade, no entanto, ele avalia que o vai e vem do tempo deve diminuir na Região Sul, pelo menos em outubro, com chuvas bem distribuídas no auge do plantio. Já no Nordeste a estabilidade está prevista para novembro. “O início da safra será muito parecido com o do ano passado”, resume.
Fonte: Gazeta do Povo
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