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Chuva dos últimos dias leva alívio para agricultores catarinenses

Agricultores podem dormir um pouco mais tranquilos, pelo menos até o final deste mês


Publicado em: 05/01/2012 às 16:30hs

Chuva dos últimos dias leva alívio para agricultores catarinenses

A estiagem, que vinha preocupando todos os rizicultores da região, teve parte do problema solucionado com as chuvas das últimas semanas de dezembro. Em Turvo, boa parte dos agricultores, que já tinham perdido com a tempestade que devastou o fumo em novembro, estava apreensiva com possíveis perdas no arroz e no milho.

Segundo um dos coordenadores da secretaria de agricultura de Turvo, Vilmar José da Silva, a chuva veio em boa hora para o arroz, porém não chegou a tempo para salvar o plantio de milho. "Nossas lavouras de arroz não foram prejudicadas, a chuva veio no momento certo, mas o milho terá muitas perdas. A estiagem pegou no momento de floração; sem água, a planta não produz", explica.

Sendo a principal economia do município, Turvo tem aproximadamente 10 mil hectares de arroz. Ainda é cedo para uma perspectiva de colheita, porém os agrônomos e rizicultores têm uma previsão de 140 sacas por hectare. "Não posso afirmar com segurança, 140 sacas por hectare é de uma safra boa, que rendeu. Precisamos que o tempo continue alternando, com alguns dias de chuva, assegurando uma boa safra", relata.

Ele fala ainda que a saída para muitos produtores estava sendo secar açudes para irrigar as plantações. "Agora foi a época de pulverização de herbicidas. Dois dias depois é obrigatório uma irrigação; sem chuva, os produtores começaram a secar os açudes, mas em muitos lugares não seria suficiente. Então a chuva chegou no limite", declara.

Porém, a região de Meleiro e Nova Veneza, que normalmente antecipam seu plantio, terão prejuízos com o arroz, além do milho. Segundo o assistente técnico da Coopersulca de Meleiro, Ademir Zeferino, 30% do total de rizicultores do município, anteciparam o seu plantio e foram prejudicados. "Esses rizicultores mais prejudicados iniciaram o plantio no começo de agosto e deverão ter de 15 a 20% de prejuízo na lavoura", conta.

A estimativa dos produtores de Meleiro é que nos 9 mil e 800 hectares, a produção passe de 130 sacas. "Tirando os 30% prejudicados, esperamos que a colheita seja produtiva, já que a chuva no final do ano deu uma boa aliviada", comenta.

Segundo o vice-presidente da Coopersulca de Turvo, Marcos Rosso, agora as expectativas são boas para todos os municípios. "Com a chuva, o rio Araranguá voltou a ficar com baixo teor de sal e já pode ser utilizado na irrigação do arroz das comunidades aos arredores", acrescenta. Ele salienta que a colheita deve iniciar em março. "Tirando alguns produtores de Meleiro e Nova Veneza que já colhem ao final de janeiro; a nossa começa a partir de março, agora com esperança de uma boa safra", finaliza.

Fonte: Sul Notícias

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