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Campo fértil e responsável

Tecnologia e gestão fazem o agro produzir mais de maneira amigável com o meio ambiente


Publicado em: 10/05/2012 às 13:50hs

Campo fértil e responsável

Diz o ditado que “em time que está ganhando não se mexe”. Mas para a Dow Chemical, empresa de tecnologia e sementes, esta máxima está longe de ser absoluta. Na última semana, a empresa apresentou ao mercado a sua nova empresa, Morgan Sementes e Biotecnologia.

A nova companhia nasce para fomentar os investimentos do grupo na pesquisa e desenvolvimento de novos híbridos de milho, com atenção voltada para revendas e cooperativas. “O foco da empresa é oferecer soluções e tecnologia para os mercados de alto e médio investimentos”, explicou Pedro Suáres, presidente da Dow Chemical América Latina.

A partir de agora, a Dow Agroscience focará seu trabalho nos investimentos de grande porte e a Agromen Tecnologia, outra empresa do grupo, atenderá a demanda dos investimentos menores. Ao segmentar, a companhia espera poder atender de forma ainda mais eficaz seus clientes.

“Com isso conseguimos oferecer as melhores soluções para parceiros com necessidades diversas e investir nas melhores tecnologias para cada setor”, disse Suárez. Assim como a Dow, as outras empresas do setor buscam constantemente oferecer soluções inovadoras e eficazes para produtores e o varejo. Para isso ano após ano elas vêm plantando e cultivando com afinco suas novidades.

Em abril, a Syngenta apresentou sua nova estratégia para a integração de suas tecnologias. A partir de agora, a companhia foca sua atuação em culturas e não mais dividida entre químicos e sementes, como era feito até então. A iniciativa visa proporcionar ao produtor o apoio da empresa desde o momento em que começa a decidir sobre o quê plantar e como fazê-lo até a hora da colheita.

“Nesse processo, conhecemos as necessidades do agricultor e oferecemos a eles um pacote de soluções integradas, que o auxiliem a garantir a produtividade e sustentabilidade da sua produção”, explicou Laercio Valentin Giampano, diretor geral da Syngenta para o Brasil. “Com a integração e inovação constantes de nossas plataformas de produtos, queremos contribuir para atender às necessidades de sustentabilidade e de fornecimento de alimentos para a população mundial”, disse Giampano.

Um dos destaques entre os mais recentes lançamentos da companhia está o Plene, tecnologia para a cana-de-açúcar, em que os colmos utilizados no plantio têm 1/10 do tamanho das mudas convencionais e são plantados de forma mecânica. O sistema permite um plantio mais rápido e eficaz.

As plantas germinam mais rápido e têm entre 30% e 40% mais concentração de açúcar por planta, além de seu plantio ser feito de forma mais sustentável. “Além de gerar economia de custos e maior produtividade, o Plene é o início do plantio direto nos canaviais brasileiros”, explicou Leandro Amaral, gerente de marketing da Syngenta.

Agricultura sustentável


Assunto obrigatório na pauta de empresários e produtores, a sustentabilidade se faz presente no dia a dia de propriedades rurais Brasil afora. Cada vez mais as empresas de biotecnologia estão investindo em ferramentas e soluções que ofereçam aos produtores melhor produtividade por meio de ações que levem em conta a proteção ambiental.

Nessa toada, a Basf vem testando sua nova ferramenta, o AgBalance, método para medir e avaliar a sustentabilidade na agricultura. Para comprovar a eficácia do sistema, a empresa está avaliando seus benefícios em parceria com duas grandes empresas do agro, a SLC Agrícola e a Usina Guarani.

A nova metodologia avalia todos os aspectos de uma empresa ou propriedade e leva em conta os aspectos ambientais, sociais e econômicos do segmento, elementos que compõem o tripé do desenvolvimento sustentável. “A ferramenta permite que identifiquemos oportunidades de melhora no trabalho da nossa empresa e mostra a importância que cada elo da cadeia tem, dentro e fora da porteira”, afirmou Álvaro Dili Gonçalves, gerente de RH e Sustentabilidade da SLC.

Para tanto, são avaliados 69 indicadores que armazenam dados sobre condições de solo, uso e eficácia de fertilizantes, treinamento de funcionários, utilização de recursos naturais, medidas de preservação, consumo de combustível de maquinário, entre outros. “Com a aplicação dessa ferramenta, podemos medir o progresso da produção agrícola de forma detalhada e precisa”, explicou Eduardo Leduc, vice-presidente sênior da unidade de proteção de cultivos da Basf para a América Latina.

A ferramenta também está em uso em unidades da Usina Guarani. Os testes foram feitos em 100 toneladas de cana-de-açúcar retiradas de duas propriedades do grupo, a fim de comparar desempenho, métodos e ações de trabalho. “Os resultados nos ajudaram a verificar onde precisamos melhorar e estão nos auxiliando na tomada de decisões, inclusive em processos futuros para obter certificação de nossas unidades”, disse Jaime Stupiello, diretor agrícola do grupo.

Leduc explica que o objetivo da empresa é por ora verificar a eficácia da ferramenta em culturas e propriedades de diferentes tipos. As primeiras análises foram feitas em lavouras de cana-de-açúcar e soja. “Mas temos alguns projetos encaminhados para aplicação em outras culturas e em avicultura também”, declarou.

Ele explica que investimento em novas tecnologias para o campo são fundamentais para o processo de desenvolvimento sustentável. “Para nós a sustentabilidade passa pela tecnologia. Não dá para achar que alcançaremos alto nível de preservação ambiental sem investimentos em soluções inovadoras.”

Fonte: SouAgro

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