A semeadura do cereal deveria ocorrer este mês e da oleaginosa em outubro. O atraso pode trazer àquele país perdas de produtividade. Já para os produtores matogrossenses pode significar um cenário de bons preços para a safra 2012/2013.
Em visita a Mato Grosso, o produtor e consultor da Associação Argentina de Consórcios Regionais da Experimentação Agrícola (AACREA), Alejandro Vejtup, comenta que cerca de três milhões de hectares na província de Buenos Aires estão debaixo d’água. “Se na soja ainda seguir chovendo, corremos o risco de plantar em janeiro”.
Conforme o analista de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Behling Junior, se houver nova quebra na Argentina significará baixa oferta no mercado e o mundo se voltará para Mato Grosso, principalmente para a soja.
Sobre a redução da área do milho na Argentina, o consultor do AACREA Sebastian Gavalda comenta que é decorrente das limitações das exportações, o que desestimula os produtores, além do custo de produção ser o dobro da soja. “Enquanto gastamos US$ 300 por hectare de soja para plantar, no milho são US$ 600”.