A Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem) lança nesta terça-feira (09/10), durante a reunião da diretoria a ser realizada no Núcleo Regional de Ponta Grossa, a campanha de valorização da semente produzida pelos seus mais de 70 associados. Na oportunidade, lançará o selo de qualidade, a ser colado nos certificados de sementes, notas fiscais e termos de conformidade dos produtores.

Objetivo - Segundo o presidente da Apasem, Marcos Antonio Trintinalha, o objetivo da campanha é informar ao agricultor que a semente produzida pelos associados da Apasem é produzida de acordo com a lei, com garantia de controle sanitário e qualidade quanto à germinação e vigor.

Folheto - Integram a campanha, além do selo, um folheto que chama atenção para a qualidade da semente paranaense, “com garantia de procedência e qualidade”; quatro spots de rádio e uma propaganda a ser inserida nos jornais e revistas de circulação entre os agricultores.

Humor no combate às “piratas” - Tanto o folheto como os spots visam, além de promover as sementes produzidas com qualidade, combater a comercialização das sementes piratas, que tanto prejuízo já causaram à economia agrícola. O publicitário José Oliva, que criou a campanha, se utilizou de linguagem humorística na produção do spot principal:

“Na hora de plantar, você pega a semente e diz – bonita ó!
E é mais barata.
Aí planta e ..ué.?!.parecia boa, mas ...germina pouco,   fraquinha, cheia de falha.
Vai ver e ó!!(vozes ): - Piratas à bordo!!!
Era semente pirata.
Acabe com essa praga!”

Referência - Os spots fazem referência à Apasem e à marca da semente do associado que promover a sua veiculação regional. O objetivo é fortalecer a Apasem como instituição de organização e defesa do setor e, ao mesmo tempo, valorizar cada marca de semente.

Procedência e qualidade - Ao adquirir a semente, o agricultor saberá, pelo selo de qualidade que acompanha as notas fiscais, certificados e termos de conformidade, que a semente tem garantia de procedência e qualidade.  “Essa foi uma maneira simples e de baixo custo que encontramos para divulgar a boa semente produzida pelos nossos produtores associados”, afirma Marcos Antonio Trintinalha.

Distribuição - A distribuição dos folhetos e a veiculação dos spots e anúncios será feita voluntariamente pelos associados, cooperativas e produtores privados nos meios de comunicação próprios ou contratados por eles. “Vamos utilizar o rádio e os jornais e revistas que circulam no meio rural, que são os veículos de maior audiência entre os agricultores”, frisa Trintinalha.

Luta contra a pirataria - A batalha contra as sementes ilegais ainda não terminou e todo ano centenas de agricultores são enganados pelos chamados “pirateiros”, que vendem sementes que, segundo afirmam, são milagrosas. Mas, produzidas na ilegalidade, sem controle de sanidade e qualidade, acabam dando muito prejuízo, muitas vezes infestando como novos inços os solos onde são plantadas.

 Denúncias  - O combate se faz através de denúncias feitas à Superintendência do Ministério da Agricultura, encarregado da fiscalização. Mas, segundo o diretor executivo da Apasem, Eugênio Bohatch, entre o momento da denúncia e a apuração há um hiato de tempo de alguns dias, que favorece os “pirateiros”. Até o órgão de fiscalização cumprir os ritos burocráticos que possibilitam sua ida ao campo, a semente é vendida e as provas do crime desaparecem.

 Sementes para a próxima safra  - Os produtores de sementes ligados à Apasem têm disponíveis cerca de 200 mil sacas de sementes de soja para a safra que se inicia, quantidade considerada suficiente para atender aos agricultores. A demanda por sementes transgênicas, que na última safra foi de 80%, pode diminuir porque o mercado está pagando um prêmio de até R$ 4,00 por saca do produto convencional.

 Trigo  - Na atual safra de trigo, cuja colheita está em andamento, serão produzidas em torno de 160 mil toneladas de sementes, suficientes para plantar 1.100.000 hectares, informa o diretor executivo da Apasem, Eugênio Bohath. Essa quantidade de semente de trigo poderá ser ampliada até o final da safra, dependendo da demanda dos agricultores, que no momento é otimista em função de uma relativa melhora nos preços. Na última safra os produtores do Paraná plantaram apenas 800 mil hectares em função das perspectivas ruins do mercado.