Publicado em: 19/03/2013 às 09:20hs
O objetivo do cadastramento é para que o governo do Estado organize o recolhimento desses materiais ainda neste ano. Em 2012 foram investidos em torno de R$ 9 milhões em campanhas de conscientização e destinação adequada dos produtos. Metade dos recursos foram do governo do Paraná e o restante proveniente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev).
Total - De acordo com o coordenador do programa no Emater, Udo Bublitz, entre os meses de março e abril deverão ser retiradas das lavouras paranaenses um total de 392 toneladas de produtos, emitidos por 320 agricultores. "Nossa meta é zerar o estoque de BHC no Paraná", observa Bublitz. Em 2012 foram recolhidos em todo o Estado 812 toneladas do produto. Só em Londrina, por exemplo, foram 46 toneladas de materiais perigosos originados de 56 produtores locais.
Conscientização - Paulo Roberto Mrtvi, responsável pela unidade do Emater de Londrina, explica que a entidade tem trabalhado na conscientização constante dos produtores e seus familiares para eliminar esses produtos do campo. Segundo ele, esses materiais são nocivos tanto para o ser humano, quanto para o meio ambiente. "Vamos distribuir folhetos nas escolas rurais, lembretes para os pais, além de cartazes em ônibus e unidades de ensino", salienta Mrtvi.
Revendas - Além disso, o representante do Emater de Londrina acrescenta que os trabalhos de divulgação da campanha também estão sendo realizados junto às revendas de insumos espalhadas por toda a cidade. Mrtvi esclarece que o produtor não receberá nenhuma punição ao declarar que contém BHC ou outro tipo de produto em sua propriedade.
Prazo - O programa está baseado na Lei n° 17.476 de 2 de janeiro de 2013 que fornece o prazo de seis meses para fazer a declaração de posse do produto. Segundo Bublitz, o BHC, produto importado dos Estados Unidos, era muito utilizado nas lavouras de café no Paraná. Com a grande geada de 1975, muitos produtores que desistiram da atividade não sabiam o que fazer com aqueles produtos, deixando-os armazenados.
Fonte: Folha de Londrina
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