Publicado em: 10/01/2012 às 10:30hs
Segundo o secretário-adjunto da Agricultura, Airton Spies, esse montante, que inclui estimativas de perdas para todas as culturas e criações agropecuárias, ainda não é definitivo pois a estiagem vem se agravando.
Os levantamentos sobre a estiagem foram feitos pelos técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e secretarias municipais da Agricultura. Nos 22 municípios que integram as secretarias de Desenvolvimento Regional de Maravilha e Palmitos, os prejuízos nas culturas de milho, fumo, feijão, soja e leite chegam a R$ 94 milhões. Nos municípios do Extremo-Oeste, a situação é mais grave ainda, o que eleva as estimativas de perda para mais de R$ 400 milhões em todo o Estado.
Spies esclarece que, na última semana, o Centro de SocioEconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (CEPA) havia divulgado que os prejuízos com a estiagem estavam estimados em R$ 166 milhões, porém esse montante se referia apenas a quatro produtos agrícolas: milho, feijão, soja e leite. “Esses números não refletiam os prejuízos de toda a agropecuária catarinense, pois diversas outras atividades econômicas também vêm sofrendo perdas, como a pecuária de corte, fruticultura, hortaliças, piscicultura de água doce, fumo e agroindústrias familiares que têm redução de disponibilidade de matérias primas”, afirma o secretário-adjunto.
Ainda, segundo relatórios da Defesa Civil de Santa Catarina, o número de municípios que decretaram Estado de Emergência por causa da estiagem passou de 34 no início da semana passada para 56, na sexta-feira (6). Nesta segunda-feira (9), o número de municípios afetados já chega a 63, com mais de 407 mil pessoas atingidas.
Na última sexta-feira (6), o Governo estadual anunciou a liberação de R$ 1,25 milhão que será destinado aos municípios em Estado de Emergência para apoiar no transporte de água, contratação de serviços de máquinas para silagem, alimentação do gado e perfuração de poços artesianos. Pelo último balanço do Banco do Brasil, 1.140 agricultores haviam solicitado o auxílio do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).
A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a Defesa Civil e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento orientam os produtores rurais em relação ao combate à seca, aos programas do Governo e a prazos e documentos para obtenção de auxílio. Os técnicos informaram que será analisada também a possibilidade de renegociação de dívidas e aumento do limite de endividamento dos agricultores.
Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina
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