Publicado em: 23/03/2012 às 14:30hs
No estado, R$ 120 milhões em propostas foram internalizadas junto ao Banco do Brasil até o mês de fevereiro. Na prática, estão sujeitas a avaliação de viabilidade econômica e financeira pela instituição.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Prado, diz que o programa é interessante porque oferece condições diferenciadas e permite ao produtor rural obter recursos para serem aplicados em diferentes ações.
"É interessante porque apresenta juros baixos, prazo longo e financia tudo o que precisamos como a recuperação de pastagem, entre outras ações. É uma boa alternativa", disse Rui Prado.
O Programa ABC permite financiar até 100% do valor investido. O gerente de Mercado de Agronegócio da Superintendência do Banco do Brasil em Mato Grosso, Anderson Scorsafava, acredita que as adesões ao Agricultura de Baixo Carbono devem crescer a medida que o programa for 'popularizado' entre os agricultores.
Ele explica que o programa ABC é financiado com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da Caderneta de Poupança (MCR 6-4) e Fundos Constitucionais. O Agricultura de Baixo Carbono com recursos provenientes do MCR destina-se, por exemplo, a recuperação de áreas e pastagens degradadas; implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária; melhoramento do sistema de plantio direto 'na palha'; integração de sistemas de integração lavoura-pecuária, entre outros.
Nele, explica o gerente de Mercado de Agronegócio, o teto atinge R$ 1 milhão por ano safra podendo o limite financiável chegar a 100% do valor orçado. Além disso, os encargos financeiros chegam a 5,5% ao ano.
Quando os recursos são oriundos do FCO, o teto chega a R$ 20 milhões por beneficiário ou grupo econômico. O limite financiável varia de 85% a 100% do valor orçado. Os juros atingem 4% ao ano para recomposição de reserva legal, por exemplo.
"O produtor está adquirindo novos conhecimentos sobre o ABC, pois falamos de melhoria de pastos e possibilidades de buscar tudo aquilo que ele precisa [para melhorar a produtividade]", pontuou Anderson Scorsafava.
No Brasil, foram reservados ao programa ABC para a safra 2011/12, R$ 3,15 bilhões. As contratações entre julho de 2011 e fevereiro de 2012 somaram R$ 501,2 milhões, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Mas apesar do vasto recurso, as adesões ainda continuam baixas.
Fonte: Agrodebate
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